Há 15 anos a família do pecuarista José de Oliveira Soares aguarda justiça pelo crime que o tirou a vida. Só este ano o acusado de ser o mandante do crime, Agnaldo Cardoso, cunhado da vítima, pode ser julgado. Soares foi morto por três homens que dispararam 48 tiros contra ele em 21 de outubro de 1995. Uma divisão de bens deixados pelo pai da vítima criou os desentendimentos de desfecho trágico.
A advogada e filha do pecuarista Luana Soares procurou o Portal Infonet para tratar do assunto. De acordo com ela, Cardoso apresentou testemunhas em dez pontos diferentes do Estado, o que acabou por resultar na demora do processo. “Oficialmente ele nega o homicídio, mas o crime é cheio de peculiaridades. Temos provas de que ele mandou. Ele fez várias ameaças em público contra o meu pai”, relata.
A advogada conta que no dia do crime, testemunhas presenciaram não só uma conversa entre o acusado e os três pistoleiros, bem como reconheceram o carro utilizado por eles. Antes de matar Soares, os homens fizeram uma proposta de compra de terras que ele possuía em Itaporanga D’Ajuda. A vítima se dirigiu ao local, acompanhado de uma mulher que presenciou toda a cena, para mostrar os lotes. “Você está lembrado de Agnaldo?”, disse um deles e, junto com os outros dois, efetuaram os disparos.
Na época um dos pistoleiros chegou a ser preso. Identificado como Valmir, o home era cabo da Polícia Militar de Alagoas. “Temos provas de que ele mandou. Em juízo ele não assume, mas pelas ruas ele tem orgulho de dizer”, acrescentou Luana, que atuará como auxiliar de acusação junto ao advogado da família, Saulo Eloy.
Julgamento
O pronunciamento de Agnaldo como acusado ocorreu na última terça-feira, 19, em uma decisão do juiz Raphael Silva dos Reis, que cabe recurso. Na denúncia a promotoria diz que o acusado agiu por motivo torpe. A pena, sem contra com tal agravante, varia de 6 a 20 anos. “A gente espera que a pronuncia se confirme e que o júri, que servirá para quantificar a pena, seja marcado o mais rápido possível. Assim a gente pode ter paz”, ressalta Luana Soares.
O advogado do acusado, José Cláudio dos Santos, foi contactado pelo Portal Infonet há mais de uma semana. Ao responder, nesta terça-feira, 30, disse que não comentaria o caso.Portal Infonet no WhatsApp
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