De acordo com Danielle Garcia, há cerca de um mês antes da prisão dos envolvidos, que aconteceu na última sexta-feira, 9, o deputado procurou a delegada relatando que estava amedrontado com as ameaças que estava recebendo através de mensagens de texto. Questionada sobre um dos envolvidos ter se identificado como assessor do deputado estadual Augusto Bezerra, a delegada esclarece que Fábio não é assessor formal da Assembléia Legislativa. Danielle Garcia completa que Fábio afirma que recebia uma quantia de mil reais mensais por serviços prestados para o deputado, como recrutamento de pessoas para trabalhar na campanha. A delegada lembra que ainda não teve a oportunidade de ouvir o deputado Augusto Bezerra, mas encaminhará ofício solicitando uma data e horário. Danielle confirma que durante a tentativa de extorsão gravada em vídeo, Fábio mostra ao deputado Rogério Carvalho um cheque que seria assinado pelo deputado Bezerra. Gravação A delegada Nadja Flausino conta que além do deputado Rogério Carvalho, veículos de imprensa e outros parlamentares foram procurados para comprar a gravação. “Desde o início fica claro que a preocupação deles era como ganhar dinheiro com as supostas imagens de medicamentos que estavam sendo utilizados de forma indevida”, ressalta Flausino mencionando que após tentar extorquir R$120 mil, a dupla baixou o valor para R$60 mil. Envolvidos Além de Fábio dos Santos e Klebson Santos Rodrigues, que trabalhava como cargo comissionado da Secretaria da Saúde, a polícia investiga mais duas pessoas que também podem ter envolvimento no crime. De acordo com a delegada Danielle Garcia, os homens foram identificados apenas pelos prenomes Felix e Alan. A delegada diz que Felix é apontado pela dupla como sendo o cabeça do grupo. “O Felix seria o cabeça da extorsão, era a pessoa que dizia ao grupo o horário de procurar o deputado e como se portar diante do parlamentar”, relata a delegada, enfatizando que Felix teria sido candidato a vereador no interior do Estado. O outro envolvido, o de prenome Alan, seria ex-funcionário da Secretaria da Saúde e fazia imagens do depósito de medicamentos. Augusto Bezerra Por meio de nota divulgada pela sua assessoria de imprensa na manhã desta segunda-feira, 12, o deputado estadual Augusto Bezerra disse que ao longo de quase 12 anos de mandato parlamentar jamais contou com a assessoria de Fábio dos Santos. O deputado admitiu que conhece Fábio, mas descarta qualquer participação no crime de extorsão. “Fui um crítico ferrenho da gestão de Rogério Carvalho como secretário e continuo sendo, por entender que nada melhorou após sua saída da pasta. Reitero também que as minhas divergências com ele não são pessoais, mas sim ideológicas”, esclarece o deputado.
Na manhã desta segunda-feira, 12, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) apresentou detalhes das prisões de dois envolvidos no crime de extorsão contra o deputado estadual Rogério Carvalho. As delegadas do Departamento Departamento Especializado em Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap), Danielle Garcia e Nadja Flausino Vitolo, apuraram que os dois homens, identificados como Klebson Santos Rodrigues e Fábio dos Santos, ameaçaram o deputado por meio de mensagens de texto e pediram inicialmente uma quantia de R$120 mil para que imagens de um galpão com medicamentos não fossem exibidas. A polícia investiga a participação de mais dois homens
“Analisando esses CDs que supostamente são objetos da extorsão, a gente verifica que não há nada tão comprometedor assim quanto eles imaginavam. São imagens de medicamentos vencidos em um galpão e que segundo o próprio Rogério Carvalho, esses remédios estariam aguardando autorização do órgão competente para serem incinerados”, afirma a delegada. A delegada Danielle Garcia diz que ainda não ouviu o deputado Bezerra
O superintendente da Polícia Civil, João Batista, enfatizou que a investigação da polícia em nada tem a ver com conotação política e que os acusados podem ter usado o nome do deputado Augusto Bezerra de forma equivocada. “Essa não é uma polícia de governo, a Polícia Civil é uma polícia de Estado. Todo o qualquer cidadão que seja vítima de extorsão deve recorrer à polícia. Fazemos uma investigação criteriosa com fatos concretos. Não queremos nem saber qual a sigla partidária ou qual o credo”, salienta. A delegada Nadja diz que os envolvidos só estavam interessados no dinheiro (Fotos: Portal Infonet)
Por Kátia Susanna
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