Duas golfinhos fêmea da espécie Sotalia guianensis foram encontrada mortas em praias sergipanas. A informação foi confirmada pela Fundação Mamíferos Aquáticos (FMA).
O primeiro caso foi de uma fêmea que estava gestante e foi resgatada sem vida na praia do Abaís em Estância na sexta-feira, dia 31 de janeiro. Ela apresentava sinais evidentes de amputação da nadadeira caudal, provavelmente realizada para livrá-la de uma rede de pesca.
No mesmo dia, outra fêmea foi encontrada morta no bairro Coroa do Meio, em Aracaju, também com indícios de captura acidental.
Entenda
Na praia do Abaís, a equipe da Fundação Mamíferos Aquáticos, por meio do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia Sergipe-Alagoas (PMP-SEAL) realizou o resgate do animal marinho. Ao chegar ao local, a equipe evidenciou os sinais de gestação.
Exames preliminares indicam que a causa da morte do boto-cinza foi a captura em redes de pesca, um problema recorrente que afeta diversas espécies marinhas. As marcas no corpo do animal, combinadas com a amputação da nadadeira caudal, sugerem que o golfinho ficou preso em uma rede e, em uma tentativa de liberar o artefato, teve a cauda mutilada. É provável que, devido à impossibilidade de nadar, a fêmea tenha morrido por afogamento.
Outro caso
No mesmo dia, a Fundação Mamíferos Aquáticos resgatou outra fêmea morta, dessa vez no bairro Coroa do Meio, no encontro dos rios Poxim e Sergipe. Da mesma forma, foi possível identificar sinais de emalhe no corpo do golfinho e suas glândulas mamárias estavam repletas de leite, indicando que ela poderia estar em fase de amamentação, o filhote não foi localizado.
Conscientização
A Fundação reforça a importância de programas de conscientização e educação para pescadores locais, além da fiscalização de práticas e pesca não regulamentadas e a implementação de tecnologias menos nocivas às espécies marinhas. “Estamos comprometidos em trabalhar com comunidades locais e autoridades para minimizar os riscos e garantir a proteção da biodiversidade marinha no estado. Por meio de ações de monitoramento, resgate e educação ambiental, buscamos promover a coexistência harmoniosa entre as atividades humanas e a conservação da biodiversidade” informa a Dra. Jociery Vergara Parente, Diretora-Presidente da FMA.
por Aisla Vasconcelos
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