Allan nunca foi chamado para exercer a função de Bombeiro Civil (Fotos: Arquivo Portal infonet) |
Passado todo este tempo, Allan conta que nem ele e nenhum dos 600 alunos que participaram da primeira turma foram chamados. “Dia 11 de setembro faz um ano que concluímos o curso e não tem ninguém trabalhando na área de Bombeiro Civil. Já levamos o caso à justiça e espero que a gente receba o que é nosso de direito”, esclarece Allan.
Ele explica que além dos gastos financeiros, também foi lesado de outras formas. “Foram R$800 que gastamos para entrar naquele curso. Muita gente fez empréstimo para poder participar de todo o processo, e até hoje sofre com dívidas pendentes. A falta de respeito com o cidadão de bem foi vergonhosa”, relata indignado.
Sindicato
Allan diz que após o surgimento do Sindicato dos Bombeiros Civis do Estado de Sergipe a situação ficou mais complexa. “Na época em que fizemos o curso não sequer existia este sindicato. Quando a gente vai apurar sobre a questão junto à Academia, nos encaminham para o sindicato, que alega a regularidade da profissão”, aponta.
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ABBC foi acusada de propaganda enganosa. |
De acordo com Allan, a Lei Federal que regulamenta a profissão de bombeiro civil no Estado foi sancionada há quatro meses, mas ele ainda não viu resultados práticos relativos a seu caso. “O máximo que ouvimos é que depois de tudo este drama, a gente precisa fazer uma espécie de reciclagem profissional. A sociedade sergipana precisa acordar e ver o quanto fomos enganados e injustiçados”, desabafa.
Em maio deste ano foi colocado pela 4ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ-SE) um processo contra a ABBC, para o pagamento de indenização por danos morais, materiais e propaganda enganosa. A ação se configura como resultado das provas apuradas na época. “A justiça está ao nosso lado”, diz Allan.