Prefeito de Lourdes é acusado pela SSP de obstruir operação policial

A Secretaria da Segurança Pública de Sergipe (SSP) acusou o prefeito de Nossa Senhora de Lourdes, Saulo Galeguinho (PT), de obstruir uma operação policial realizada na tarde desta quinta-feira, 6.

Segundo a SSP, a ação visava desarticular uma quadrilha suspeita de planejar um assalto a uma casa lotérica no município do Alto Sertão sergipano. O prefeito, por sua vez, afirma que a presença da polícia em sua residência teve caráter intimidatório.

De acordo com a SSP, a Polícia Militar de Sergipe, com o apoio do Batalhão de Polícia de Caatinga (BPCaatinga) e do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Civil, deflagrou uma operação para impedir o crime e prendeu um suspeito em flagrante. Durante a ação, ele teria sido encontrado com munições, fardas e equipamentos militares que seriam utilizados no assalto.

A SSP afirma que o prefeito comprometeu o andamento das investigações ao transmitir ao vivo a presença dos policiais em sua residência, alertando possíveis criminosos e facilitando a fuga de outros integrantes da quadrilha. Segundo a secretaria, os bloqueios policiais foram estrategicamente posicionados para impedir a movimentação dos suspeitos e, em nenhum momento, houve invasão à casa do prefeito. Em razão dos acontecimentos, um inquérito foi instaurado pela Polícia Civil para apurar a conduta do gestor.

“Cabe ressaltar que a presença policial naquele local era parte de uma estratégia para fechar as vias de acesso à cidade, caso o roubo acontecesse, e em momento algum as equipes policiais realizaram contato com o prefeito ou invadiram sua residência. A operação tinha como única intenção garantir a segurança da população de Nossa Senhora de Lourdes, desarticulando uma quadrilha fortemente armada”, salientou o órgão de Segurança Pública.

O que diz o prefeito 

Em sua defesa, Saulo Galeguinho afirmou, durante uma transmissão ao vivo em suas redes sociais, que a presença dos policiais foi injustificada e ocorreu logo após uma votação na Câmara Municipal. “Recebemos a visita dos policiais da Caatinga. Eles estiveram mais cedo no outro terreno e agora estão aqui, em minha propriedade. Todo o estado está vendo isso. O curioso é que isso acontece logo após a votação na Câmara, que hoje não colocou em pauta nossa matéria”, declarou o prefeito.

O gestor também questionou a motivação da operação. “Nossa relação sempre foi de diálogo [fazendo referência ao governador Fábio Mitidieri (PSD)], mas agora enviam a Caatinga para a porta da minha casa? Pelo amor de Deus! Como isso acontece? Justamente depois da votação na Câmara? Eu sou bandido?”, desabafou Saulo.

Diante desse cenário, a SSP repudiou a atitude do prefeito, classificando-a como “irresponsável e prejudicial” à segurança da cidade. A pasta ressaltou que a segurança pública não deve ser politizada e reafirmou o compromisso das forças policiais com a proteção da população sergipana.

por João Paulo Schneider 

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