Comerciante culpa prefeitura por morte de esposa e luta por reativação de ponto

Carmelito reclama que ninguém da Emsurb lhe deu uma resposta (Fotos: Portal Infonet)
Há oito meses o vendedor Carmelito Resende, 65, chora o falecimento de sua esposa Maria Silva Resende, 55, com quem conviveu durante 40 anos e compartilhava o dia-a-dia na venda de doces em uma banca na praça Olímpio Campos, no Centro de Aracaju. Sr. Carmelito conta que durante mais de cinco anos, ele e sua esposa vendiam as guloseimas no local, mas após a retirada da banca por fiscais da Prefeitura sua mulher adoeceu, vindo a falecer alguns dias depois do ocorrido.

Segundo o comerciante, os fiscais da Emsurb chegaram no fim do ano passado e retiraram a banca alegando que Carmelito estava irregular.  “Eu tinha uma banca de doces e quando eles retiraram minha mulher entrou em depressão. Três dias depois, no dia 3 de dezembro, ela teve um infarto fulminante e morreu nos braços da minha filha”, lembra.

Carmelito afirmou que já procurou a Emrsurb por diversas vezes desde então, mas que até o momento não obteve nenhuma resposta. “No dia 25 de março eu fui na Emsurb e entrei com um pedido para a reativação do ponto na praça , mas até agora não houve resposta. Fui diversas vezes após o protocolo do ofício, ninguém me recebe”, reclama.

Katarina ainda chora a morte de sua mãe após 9 meses
De acordo com Katarina da Silva Resende, filha do casal, a mãe morreu em seus braços a caminho para o hospital. “Minha mãe estava em casa comigo e chorava o tempo todo, dizia que nós não teríamos mais como ganhar dinheiro, foi aí que ela começou a passar mal. Eu ainda chamei o vizinho para levá-la para o Huse [Hospital de Urgência de Sergipe], mas ela morreu no caminho”, lamenta.

Emsurb

Em contato com a reportagem do Portal Infonet, a gerência de Espaços Públicos da Emsurb, por meio da assessoria de Comunicação, informou que o comerciante citado tinha vários pontos clandestinos espalhados pela cidade de forma irregular. “No caso específico do ponto localizado na praça Olímpio Campos, ele havia colocado um terceiro na banca, mas a permissão é pessoal, intransferível e precária, ou seja, a interferência pode ser direta a qualquer momento em que se perceber a irregularidade”, informou a assessora Mayusane Matsunae.

Mayusane informou ainda que no ano passado o comerciante Carmelito procurou e foi recebido pelo gerente Antônio Pereira e o diretor de Espaços Públicos, Antônio Carlos Mota, que explicou toda a situação que motivou à retirada a banca dele.

Por Bruno Antunes

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