Especialista fala do crescimento urbano de Aracaju

Um dos palestrantes de ontem em NósnoCabaré.com, Bosco Franco, que é chefe da Divisão de Engenharia do Ministério Público do Estado de Sergipe, fez observações sobre o crescimento desordenado em Aracaju.
 
Segundo ele , Aracaju é uma cidade pequena, em crescimento acelerado, onde ainda se consegue enxergar intervenções efetivas a serem adotadas pelo Poder Público e capazes de inibir o caos urbano, principalmente na chamada Zona de Expansão. “É preciso que haja planejamento para não se tornar o caos que vivemos hoje”, disse, lembrando que no primeiro momento a zona de expansão de Aracaju se limitava até o Iate Clube.

Ele se reportou também aos pequenos espaços que são ocupados por muitos prédios. “Onde deveria ser construído apenas um prédio, temos dois e as vezes até três, isso é inconcebível”, frisou

Para Bosco, é executivo precisa agir de forma mais firme nas ações que são de sua competência, observando que muitas vezes essas ações precisam da intervenção do Ministério Público.
 
Moralismo e Jurisdicação
 
Além de João Bosco Franco e Ricardo Mascarello, o II NósnoCabaré.comconvidados foi prestigiado por Cezar Britto, ex-presidente da OAB Nacional, que propôs como pauta para um dos próximos encontros, com sua presença, a discussão sobre “Moralismo e a Jurisdicação na Política Brasileira”. Os jornalistas Chico Freire, Eliz Moura e Ferreira Filho, produtores do evento, aguardam confirmação de Cezar Britto para o agendamento da pauta. Participaram do debate os jornalistas e convidados, Chiquinho Ferreira, Anderson Cristian, Marcio Rocha, João Augusto, Rodrigo Paixão, Augusto Palanca, Ronaldo Ramos, Carol Westrup, Paulo Cesar, Bárbara, Williams Moraes, Joás Santos, Ju Gomes e Júnior Torres.
 
Durante o debate, ficou evidenciada por João Bosco e Ricardo Mascarello a necessidade urgente de atualização do Plano Diretor de Aracaju, visto que, segundo o representante do MP, a cidade é regulamentada por um Código de Obras e Urbanismo tido como caduco, criado em 1966; e um Plano Diretor defasado, de 2000, alheio ao crescimento acelerado da cidade na última década. 
 
Transporte
 
Os especialistas apontaram também a necessidade urgente da implantação de um Plano Diretor de Transportes, visto que, segundo a Legislação Federal, cidades com população superior a 500 mil habitantes estão obrigadas a adotarem o procedimento, como marco regulatório para o serviços de transporte público e concessão de linhas urbanas. Eles consideraram fundamentais o aumento e melhoramento da frota; a adequação da venda de passagens ao número de passageiros e à capacidade dos veículos; e a urgente a realização da licitação pública.   
 
Drenagem
 
João Bosco também demonstra preocupação com os problemas de drenagem da cidade, evidenciados em períodos de chuvas fortes, com a recorrência de enchentes e inundações. Ele adverte que Aracaju possui em seu subsolo um lençol freático relativamente alto, que exige também do Poder Público o ordenamento de um Plano Diretor de Drenagem Pluvial. O engenheiro classifica como “o maior absurdo praticado na cidade, embora reconheça se tratar de um problema secular,  a implantação do Lixão da Terra Dura em cima do maior lençol de água mineral de Sergipe”, lamentou.
 
Segundo João Bosco Franco, urge que os governantes comecem a planejar obras e as intervenções públicas, priorizando o bem-estar de todos para que os resultados tenha efeitos sociais abrangentes e efetivos.

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