A Justiça determinou a demolição da área de preservação ambiental (Fotos: Portal Infonet)
A demolição de alicerces, casas que estavam em construção ou ainda residências erguidas sem que estivessem ocupadas no conjunto Bugio, deixaram moradores revoltados. A derrubada cumpriu uma decisão da Justiça Federal que atendeu a uma ação civil pública do do Ministério Público Federal (MPF), assinada pela procuradora Livia nascimento Tinôco, para que novas construções não fossem erguidas. Na decisão assinada pela juíza federal Telma Maria Santos é clara a determinação para que a área correspondente ao Riacho do Cabral, situada entre as avenidas Santa Gleide e Euclides Figueiredo, na rua A, o córrego e imediações não possam ter construções.
Na última segunda-feira, 6, a equipe do Portal Infonet acompanhou a manifestação dos moradores do Bugio que pedem para permanecer na área, alegando que não têm onde morar.
Ao presenciar a demolição, o motorista Valdir Lima da Rocha ficou emocionado e relatou que mora na localidade há dois anos. “Já recebi a determinação para que a minha casa seja demolida, isso só
ainda não aconteceu porque tenho que retirar as minhas coisas da casa, não sei para onde vou”, lamenta Valdir que ressalta que investiu na moradia. Valdir ficou desolado ao ver a demolição
“Quando fiquei desempregado investir todo meu dinheiro aqui, comprei esse terreno por R$ 4 mil e nunca ninguém me falou que não podia comprar, agora vem aqui e quer derrubar tudo que construí”, desabafa.
O presidente da Associação de Moradores do Bugio alerta que muitos moradores sabiam da determinação da Justiça, mas arriscaram construir. “Muitos deles sabiam dessa determinação, mas construíram. Essa situação é muito difícil porque são pessoas que moram aqui e não têm para onde ir, vão ficar na rua”, diz Aragão que critica a falta de fiscalização.
“Por que ninguém esteve aqui para fiscalizar as construções, culpo os órgãos fiscalizadores que não estiveram aqui antes para impedir essas construções?”, questiona o líder comunitário que salienta que vai procurar a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para acompanhar o caso. Moradores ficaram assustados e prometem resistir as demolições
A dona de casa Adailza dos Santos conta que mora no local há mais de 20 anos e que não sabe o que fazer e nem para onde ir com a família. “Tenho quatro filhos e não recebo salário, por isso não tenho para onde ir com meus filhos, a minha renda é R$ 134 que recebo do bolsa família”, diz.
Por Kátia Susanna
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