MP entrará com procedimento para avaliar denúncias de militares

Militares foram recebidos pelo promotor Deijaniro Jonas (Fotos: Portal Infonet)
Na manhã desta quarta-feira, 15, os gestores da Associação Beneficente de Servidores Militares de Sergipe foram recebidos pelo promotor da Promotoria do Controle Externo nas Atividades Policiais, Deijaniro Jonas, na 5º Vara Criminal do Fórum Gumercindo Bessa. Um dia após receberem a notícia de que foram transferidos para o interior do Estado, os sargentos Jorge Vieira e Edgar Menezes relataram os últimos acontecimentos e pediram que o Ministério Público apure os fatos.

Para o sargento Jorge Vieira não resta dúvida de que a transferência foi fruto de uma represália por conta da viagem que os militares realizaram para o Rio de Janeiro, onde participaram das discussões sobre a PEC 300/446. Opinião semelhante também é compartilhada

O advogado Márlio Damasceno entregou documentação ao MP
pelo gestor Edgar Menezes, que foi enfático ao declarar que a associação incomoda o comando da PM por defender os militares e que o motivo da transferência é fruto de perseguição.

“Nós viemos buscar o auxilio da Justiça e consideramos que nada é melhor do que o Ministério Público para resolver essa situação. Infelizmente gerou uma queda de braços entre a associação e a PM que não deveria acontecer, porque somos parceiros, mas esperamos que com essa visita ao promotor a gente consiga apaziguar a situação e possamos continuar trabalhando em prol da coletividade e o comando gerir a polícia como deve ser gerida”, explica, ressaltando que o problema não esta na transferência e sim na motivação.

“A transferência é algo normal, sou policial tenho que trabalhar em qualquer lugar, o problema é a

Os sargentos Vieira e Edgar relatam a falta de atendimento com o comando
motivação dessa transferência em que foi dito que o motivo era a viagem para o Rio de Janeiro, diante disso não poderia dá outro nome se não perseguição”, conclui.

Procedimento

“Os integrantes da Caixa Beneficente nos colocaram a par de algumas situações em relações a deliberações do comando da Polícia Militar onde os mesmos entendem que estão sendo diretamente atingidos por atos administrativos praticados pelo comando e o Ministério Público irá analisar a pertinência ou não destas reclamações”, explica o promotor Deijaniro Jonas.

“Nós deveremos instaurar um procedimento requisitar as informações no que couber e depois o Ministério Público se posiciona quanto à adoção de alguma medida ou a não adoção de medidas”, acrescenta.    

O promotor Deijaniro Jonas afirma que tudo será apurado
Investigação

O advogado da Absmse, Márlio Damasceno, ressaltou que o Ministério Público investiga outros procedimentos do Comando da Polícia Militar. “O Ministério Público já vinha investigando outros fatos que nós denunciamos e agora com o agravamento dessa questão trouxemos essas novas denúncias devidamente documentadas para que o Ministério Público possa apurar, porque é inadmissível no estado democrático de direito policiais que defendem a classe serem perseguidos da forma que estão”, pontua.

Comando

O representante da Polícia Militar, tenente coronel Luiz Fernando, negou que a transferência fosse

O tenente corobel Luiz Fernando nega qualquer tipo de perseguição
fruto de perseguição. De acordo com o tenente coronel os militares viajaram sem autorização do comando e por conta disso foram transferidos.

A informação é que um procedimento administrativo foi aberto nesta quarta-feira, 15, onde será apurada a viagem feita pelos gestores da Absmse. “O que acontece é existe uma disputa política antiga, onde não detém as questões da associação e muitas vezes acabam desrespeitando o comando. Dentro de um estado civil já teriam sido demitidos”, observa.

Por Kátia Susanna

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