Desabrigados continuam em galpão sem estrutura

Local onde as famílias estão alojadas (Fotos: Portal Infonet)
Famílias da antiga invasão da Portelinha, localizada no município de Barra dos Coqueiros, distante 2 Km da Capital, continuam sem saber para onde serão alocadas. Das cinco famílias que estavam no local, apenas três resistiram e continuam em um galpão que antes pertencia ao ‘Brasília Esporte Clube’, mas que não oferece estrutura.

O local não possui água encanada e nem um banheiro que ofereça condições de uso. “O galpão está da mesma forma. Não podemos nem entrar no banheiro porque está sujo o tempo todo, já que não temos água. Quando precisamos de água nós pegamos do jardim da praça”, reclama Renaldo Vieira da Silva, um dos alojados.

Galpão não oferece estrutura aos abrigados
Ainda de acordo com Renaldo Vieira, cerca de seis adultos e duas crianças disputam um espaço no local. “A situação é difícil, porque para completar a minha filha de dois anos está doente, com febre e passando mal. Já levamos ela ao posto médico, mas passam soro e mandam ir para casa”, critica o desabrigado, ao acrescentar que a Assistência Social do Município nada faz para ajudar as famílias.

Falta de alimento

Com poucos alimentos na dispensa, as famílias acreditam que daqui a mais alguns dias não terão o que comer. “O meu marido trabalha vendendo coco e o dinheiro que ele ganha é pouco. Nem a uma cesta básica temos direito”, declara a desabrigada Nízia Patrícia da Silva. Indignado, Renaldo Vieira ainda desabafa. “O nosso Natal é o de um animal jogado em uma manjedoura, isso é o que fizeram com a gente”, disse.

Banheiro continua sem condições de uso
“A gente está com medo de que eles entrem em recesso, porque rolou um boato de que a polícia vai vir aqui tirar a gente à força. Se isso acontecer, não temos a quem recorrer, pois o Fórum vai estar fechado e não temos para onde ir”, denuncia Renaldo Vieira.

Outro lado

Segundo o assessor de Comunicação, Diego Gonzaga, o galpão é um local de depósito e foi cedido apenas para que as famílias guardassem os pertences. “Eles foram levados para lá temporariamente, mas eles insistiram em permanecer no local. O galpão não possui estrutura, mas já ouve uma conversa com os moradores e eles já estão deixando o local sem problemas”, informa o assessor, ao desmentir que será utilizada força policial.

Diego Gonzaga ainda ressaltou que a prefeitura já está oferecendo ajuda às famílias. “Algumas famílias foram cadastradas, menos as que chegaram há pouco tempo na Portelinha. Acreditamos que no máximo na próxima semana as famílias já tenham deixado o galpão”, finaliza.

Por Aisla Vasconcelos e Raquel Almeida

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