A montagem dos barracos está acelerada (Fotos: Portal Infonet)
Na manhã desta segunda-feira, 10, muitas famílias que demarcaram uma extensa área na última sexta-feira,7, localizada no município de Nossa Senhora do Socorro, montavam barracas na esperança de continuar no local ou conseguir uma moradia. Aos 72 anos, a senhora Maria das Graças Silva conta que mora em uma área de mangue localizada no Albano Franco.
“Moro em uma área muito ruim e mesmo assim pago um aluguel de R$180. Estou no final da vida, mas quero poder deixar uma casinha para meu neto que mora comigo”, conta.
A esperança de conseguir uma residência, também levou a vendedora autônoma Ângela Maria dos Santos a invadir um pequeno espaço. “Estou aqui porque preciso, não pago aluguel, mas moro em uma casa emprestada com meus dois filhos. Quando fiquei sabendo dessa possibilidade peguei umas madeiras
e estou aqui arrumando as coisas”, diz. Motu diz que mesmo com pedido de reintegração vai negociar
Casada e com filho, a dona de casa Joelma da Conceição acordou cedo e estava montando o barraco de lona. “Pago um aluguel de R$120 por mês, é muito caro. Essa é a uma esperança para quem precisa poder ter o seu terreno e construir a casa própria”.
O vendedor autônomo, Leonel da Silva, denuncia que chegou cedo para tentar conseguir um terreno, mas ficou sabendo que muitas famílias quem possuem casas e comerciantes locais aproveitaram da situação e também pegaram terrenos. “Acho uma injustiça muito grande as pessoas que não precisam pegar os terrenos e deixar quem necessita sem nada. Estou procurando alguma área e não encontro mais nada”, fala Leonel que ressalta as dificuldades.
“Moro com minha mulher e mais dois filhos em uma casa pequena e tenho que pagar R$300 de
aluguel mais as contas de água e energia ultrapassam os R$100”, menciona. Aos 72 anos Maria das Graças quer a casa própria
De acordo com os líderes do Movimento Organizado dos Trabalhadores Urbanos (Motu) na extensa área são 1150 famílias cadastradas. A informação do movimento é que o terreno pertence a Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas (CEHOP) e que mesmo com o pedido de reintegração de posse fará as negociações.
O anúncio do pedido de reintegração de posse foi feito pelo secretário da infra-estrutura, Valmor Barbosa. Segundo o secretário os procuradores do município entrarão ainda nesta segunda com o pedido de expulsão das famílias do local.
Por Kátia Susanna
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