Sindpen reivindica isonomia salarial

Segundo o Sindpen, o Copemcan foi inaugurado para abrigar 800 internos, mas possui 1.800 (Foto: Sejuc)
As condições de infraestrutura encontradas nas penitenciárias brasileiras, a extensa jornada de trabalho dos agentes penitenciários e o estresse laboral foram um dos pontos apresentados pela agência USP (Universidade de São Paulo) realizado pelo Instituto de Psicologia (IP) da universidade e divulgado em 2010. Segundo o estudo, cerca de 10% dos agentes penitenciários do país se afastam de suas funções por motivos de saúde originados por problemas psicológicos e psiquiátricos.

Para o Sindicato dos Agentes Penitenciários e Servidores da Secretaria de Justiça (Sindpen), a baixa remuneração e estima no tratamento dos servidores também tem ampliado os problemas dos agentes penitenciários no Estado, sendo que a categoria quer uma isonomia salarial.

“Tem servidores da Secretaria ganhando o salário base de R$ 500,00 reais e tem 70 agentes da primeira classe apenas ganhando R$ 2.836. Uma média de 800 guardas de segurança entraram por concurso público e desse total, menos de 10% recebem R$ 2.836”, informa o presidente ao acrescentar que a grande maioria recebe entre R$ 1.700 a R$ 2.000, número inferior ao salário de um agente de Polícia Civil, que está na média de R$ 6.000.

O representante da categoria destaca ainda que os servidores clamam pela realização de concurso público e anuncia que a classe não tem perspectiva para a abertura do mesmo. “Já houve diversas reuniões entre o secretário e a categoria, mas sabemos que não vai ter nem concurso nem aumento de salário e saímos da reunião sempre do jeito que entramos, com isso os agentes piram”, diz o presidente da categoria Iran Alves da Silva 

Lotação

De acordo com Iran Alves, o Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan) foi inaugurado para comportar 800 internos, sendo que hoje, possui uma média de 1.800. “O regime é fechado e 15 agentes trabalham por plantões, sendo que dois agentes tomam conta de 360 presos”, informa.

Ele ainda questiona como um regime fechado permite que 65 presos trabalhem fora da Unidade prisional e relata que foram informados que essa decisão são de questões de ordem administrativa. Iran Alves ainda pontua que os agentes não possuem atendimento psicossocial e que dar-se mais atenção ao preso do que aos próprios agentes. “Não que eles não mereçam, mas nós também merecemos. Tem alguns agentes com problemas de álcool e que já apresentam distúrbios psicológicos, mas não tem tratamento”, finaliza.

Resposta

A equipe do Portal Infonet tentou entrar em contato por telefone desde a última segunda-feira, 10, com a direção do Departamento do Sistema Penitenciário (Desipe), mas não obteve retorno.

 


 

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