1. Copom mantém Selic em 15% ao ano
O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu mais uma vez elevar a taxa básica de juros para 15% ao ano, após um ciclo de altas iniciado no final de 2024 para conter a inflação. A manutenção do patamar elevado reflete preocupações com a desancoragem das expectativas inflacionárias, a volatilidade do câmbio e o ambiente fiscal frágil. Isso contradiz o governo, que tanto questionava a autonomia do BC e creditava ao Presidente anterior (Campos Neto) a manutenção das altas na taxa SELIC.
2. Dólar a R$ 5,42, o menor nível desde agosto de 2024
O dólar está no seu menor nível desde agosto de 2024, encerrando o pregão em R$ 5,42. Após semanas de forte volatilidade, o dólar comercial encerrou esta semana cotado a R$ 5,42, com leve recuo em relação aos picos anteriores. A trégua nos mercados foi influenciada por dados positivos de atividade econômica global e intervenções do Banco Central no câmbio, mas a moeda ainda acumula alta de mais de 9% no ano. Uma das medidas utilizadas pelo governo para conter as recentes altas do dólar, foram os leilões da moeda americana em poder do BC o que de algum modo auxiliou no controle das altas no valor do dólar.
3. Inflação medida pelo IPCA-15 chega a 0,32% em junho
O IPCA de maio foi de 0,26%, abaixo da mediana das expectativas do mercado (0,30%), segundo o IBGE. Com isso, a inflação acumulada em 12 meses ficou em 5,32%, acima do teto da meta do Banco Central, que é de 4,5% para 2025. A desaceleração foi influenciada por recuos em passagens aéreas e combustíveis. o Banco Central aposta na taxa SELIC alta como principal ferramenta de contenção da inflação para 2025.
4. Produção industrial recua 0,6% em maio
O IBGE informou que, apesar da retração de 0,6% em maio, a produção industrial acumula alta de 1,8% de janeiro a maio de 2025. O desempenho positivo no início do ano ainda sustenta o crescimento do setor, com destaque para produtos alimentícios, máquinas e equipamentos. No entanto, a atividade segue afetada pelo crédito caro e pelo dólar elevado. Sendo estes reflexos da taxa SELIC em 15% o que encarece o crédito e freia o consumo.
5. Governo discute revisão da meta fiscal para 2025
O Ministério da Fazenda já admite revisar a meta fiscal de déficit zero para o ano de 2025, diante da frustração de receitas e da resistência no Congresso a medidas de ajuste. O mercado reagiu com cautela, e o risco-país voltou a subir, afetando o apetite de investidores por ativos brasileiros. Para além do “problema do IOF”, agora o governo quer deixar fora da meta do déficit fiscal os gastos com previdência, o que tem gerado fortes críticas do mercado.