
Os trabalhadores e trabalhadoras do setor de material de construção firmaram a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2025 com conquistas importantes. O piso salarial da categoria passa a ser de R$ 1.650,00, e foi concedido reajuste de 5% para quem recebe acima desse valor. Além disso, foram mantidas todas as conquistas sociais e econômicas da convenção anterior.
“Após várias rodadas de negociação, com a presença firme dos trabalhadores e suas entidades sindicais, conseguimos garantir avanços salariais e assegurar a manutenção das conquistas anteriores. Sabemos que ainda temos muito o que avançar, mas foi um resultado positivo para a categoria”, afirmou Luan Almeida, presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio de Aracaju.
Enquanto o setor de material de construção avança, o cenário é diferente para os trabalhadores do comércio lojista. Segundo a Federação dos Empregados no Comércio e Serviços de Sergipe (Fecomse), as negociações com o setor patronal seguem sem progresso, mesmo após diversos contatos e reuniões iniciadas ainda em 2024.
“É humilhante o que os dirigentes patronais dos lojistas estão fazendo com seus empregados. A pauta de reivindicações foi entregue ao setor patronal desde final de 2024 e até o momento o empresariado fica com o jogo de empurra para não fechar a convenção coletiva do setor. Precisamos urgentemente recompor as perdas salariais da classe trabalhadora, que enfrenta todo tipo de dificuldade e salários defasados, mas continua dando a sua contribuição, o seu suor, tendo um papel determinante no crescimento e na consolidação das empresas”, argumenta Ronildo Almeida.
O dirigente da Fecomse destaca que, nas reuniões entre os sindicatos dos trabalhadores e patronal, o próprio representante do empresariado lojista já apontou a possibilidade de fechar a convenção coletiva do setor tendo como base a convenção coletiva já fechada dos demais segmentos, mas depois recuou.
A data-base da categoria é em janeiro, e os trabalhadores seguem em julho sem definição. “Uma vergonha o que os trabalhadores estão passando. Os dirigentes empresariais lojistas não demonstram nenhum interesse em avançar nas negociações – lembrando que a data-base da categoria é em janeiro. Estamos falando dos empregados e das empregadas no mesmo comércio, na mesma cidade e no mesmo Estado sendo tratados com posturas diferenciadas por parte do patronato. É um absurdo querer expandir e crescer com a exploração do suor, da mão de obra muito mal remunerada dos trabalhadores. Esperamos que o patronato, representado pelas lideranças lojistas Gilson Figueiredo e Max Andrade, esteja de fato aberto à negociação. Já se vai a metade do ano e nada”, destaca Ronildo Almeida.
Uma nova rodada de negociação está prevista para esta terça-feira, 15. Para os representantes dos trabalhadores, o momento é crítico. “Nesta terça, 15, inclusive, está prevista uma nova rodada de negociação. A situação é bastante crítica, com acúmulo de prejuízos financeiros e sociais nos últimos anos. Quem mais nega reajustes e salários decentes aos seus empregados normalmente são proprietários de mais de uma loja, médios e grandes empresários, que insistem em manter essa lógica perversa de humilhar e explorar seus trabalhadores. Esperamos que o empresariado se sensibilize e que nossas necessidades e nossos pleitos sejam respeitados, não como um favor, mas como pagamento pelo trabalho efetivo que realizamos. O canal de negociação, da nossa parte, continua aberto”, ressalta Luan Almeida.
Com informações da Assessoria de Comunicação