Campanha nacional coleta DNA para identificar pessoas desaparecidas

Mutirão de coleta de material genético por meio de saliva e sangue acontece até 15 de agosto

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) iniciou, nesta terça-feira, 5, a Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas 2025. A iniciativa, lançada no Palácio da Justiça, em Brasília (DF), busca fortalecer a identificação de desaparecidos a partir da análise de material genético fornecido por parentes próximos.

A 3ª edição da campanha segue até 15 de agosto e conta com 334 postos de coleta distribuídos por todo o Brasil. As amostras — de saliva ou de sangue — serão inseridas nos bancos estaduais e nacional de perfis genéticos para cruzamento com dados de pessoas desaparecidas. Na edição anterior, em 2024, foram coletadas 1.645 amostras e identificadas 35 pessoas.

“O DNA oferece uma certeza consistente e traz resolutividade a essas situações. Ele dá a oportunidade para que famílias saibam o que aconteceu com seus entes queridos e encerrem uma dor que está em aberto. Isso significa dignidade humana para elas”, declarou o secretário Nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, durante a cerimônia.

A ação é coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), em parceria com instituições estaduais — laboratórios de genética forense, delegacias especializadas e autoridades centrais estaduais.

A diretora do Sistema Único de Segurança Pública, Isabel Figueiredo, reforçou que a coleta de DNA é feita de forma contínua, mas ganha reforço com a campanha nacional. “Nesses dez dias, realizaremos um mutirão com os institutos de perícia. Estaremos de portas abertas para acolher os familiares com segurança, cuidado e respeito”, afirmou.

A solenidade também contou com a presença da representante do Movimento Nacional de Familiares de Pessoas Desaparecidas, Vera Lúcia Ranu; do chefe da Delegação Regional do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Nicolas Olivier; e da presidente do Conselho Nacional de Dirigentes de Polícia Científica, Andressa Fronza.

Números humanizados

Durante a cerimônia também foi apresentado o caderno Histórias são mais que Números. A publicação digital reúne as histórias de nove pessoas que foram identificadas na campanha de 2024.

O projeto foi feito em parceria com as assessorias de comunicação das instituições estaduais. O objetivo é demonstrar, de forma sensível, que os 35 casos de identificação equivalem a pessoas com histórias, famílias e particularidades, além de evidenciar a relevância da ação e incentivar que familiares façam a coleta.

A jornalista Glaucia Lira, que participou da Campanha de 2021, esteve no lançamento. Ela e o marido coletaram amostras de sangue na tentativa de localizar o filho desaparecido desde 2013, em Brasília. O paradeiro foi solucionado neste ano.

“Infelizmente ele não estava vivo, mas pude encerrar um tormento. É um alívio quando a família recebe uma resposta. Esse trabalho é sério e fundamental diante do alto número de desaparecidos no Brasil”, disse Glaucia.

Como doar DNA

A coleta é recomendada para familiares de primeiro grau — pais, mães, filhos e irmãos — e pode ser feita de duas formas: com um cotonete passado na parte interna da bochecha ou com uma gota de sangue retirada do dedo. Itens pessoais da pessoa desaparecida, como escova de dentes ou dente de leite, também podem ajudar na identificação.

É necessário apresentar um documento de identidade e os dados do boletim de ocorrência do desaparecimento (número, unidade federativa e delegacia). Familiares que residem em locais diferentes podem doar separadamente, desde que informem no momento da coleta para o correto registro. Quem já doou DNA em edições anteriores não precisa repetir o processo.

Fonte: Governo Federal

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