ORGULHO DA HUMANIDADE

14 de agosto de 1921

104 anos do nascimento de d. Paulo

“Ditadura: Nunca Mais!”

“Deus nos preserve de males semelhantes àqueles que tivemos de suportar.” (sobre a Ditadura Militar no Brasil).
Dom Paulo Evaristo Arns

“O Cardeal que não se curvou aos canhões, aos fuzis, às baionetas e aos arroubos autoritários dos golpistas e ditadores sargentões.”  Por Clarkson Moura

Há, exatamente, 104 anos, nascia em Forquilhinha, SC, Brasil, um dos nossos mais ilustres compatriotas, e, ao mesmo tempo, aflorava à luz deste plano existencial, uma criança prodigiosa e predestinada, pelo supremo poder sobre-humano, a uma gloriosa e multifacetada missão terrena, em cuja singular, suficiente e vincitura trajetória de vida, ela — criatura superdotada — desde logo, se transformaria num polivalente e eclético personagem de projeções planetária e atemporal, quer como vocacionado dignitário da Igreja Romana, em que foi padre, bispo, arcebispo e cardeal, quer como inato e fervoroso ativista dos direitos humanos.

Ele foi, pois, um pequeno gigante de batina, destemido, loquaz e incansável, que ousou defender seu rebanho de indefesos e oprimidos cordeiros, na iminência de serem imolados, da sanha voraz e impiedosa da alcateia de lobos da Ditatura Militar de 1964–1985.

Diga-se de bom lembrete, dom Evaristo soube ser, ao mesmo tempo, pastor, evangelizador, defensor dos oprimidos, pobres, miseráveis e injustiçados das 15 áreas episcopais, compreendendo 305 paróquias integrantes da circunscrição eclesiástica da Arquidiocese de São Paulo, sob sua revolucionária assistência espiritual e direção episcopal, como bispo, arcebispo e cardeal, a partir de 1° de novembro de 1970 até 9 de abril de 1998, como arcebispo-emérito, de 1998 até a data de seu falecimento em 14 de dezembro de 2016.

Esse, sim, é mais um dos compatriotas nossos, que — pelo seu precioso, vasto, versátil e invejável “curriculum vitae” — deve ser reconhecido como “Herói da Pátria”.

Eis, aí, para conhecimento da posteridade, um protótipo de pastor de Roma, um arquétipo de propagador do autêntico evangelho, um paradigma de líder popular carismático, além de notório orador sacro, que — como Paulo de Tasso — “combateu o bom combate, encerrou sua missão e guardou a fé”.

Sinceramente, nos não muito remotos dias de turbulências político-institucionais, que ameaçaram a higidez da nossa jovem Democracia, por tantas razões óbvias, quanta falta nos fizeste, intimorato, inolvidável, aguerrido e legítimo Herói da Pátria — dom Paulo de São Paulo — sucessor condizente de São Pedro, a pedra angular da Igreja Católica Apostólica Romana!

Portanto, tens lugar privilegiado na minha memória e no meu coração.

Ufa! que bastante saudade!

(Por Clarkson Ramos Moura) ‎
 
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