Sergipanos repensam o Baixo São Francisco

Primeira turma a receber o treinamento

O treinamento foi dividido em dois grupos. A primeira turma, formada por 20 representantes dos poderes públicos municipais, organizações da sociedade civil e setores produtivos, foi capacitada nessa semana. Os participantes são dos municípios de Pacatuba, Neópolis, Amparo do São Francisco, Japoatã, Ilha das Flores e Propriá. A segunda turma, formada por representantes dos municípios Brejo Grande, Muribeca, Malhada dos Bois, Canhoba, Santana do São Francisco e São Francisco, será capacitada no período de 7 a 11 de abril.

O curso é ministrado pela consultora Maricelia Ofisiany, do Instituto Ecológica. O foco é trabalhar o lado humano, social, natural, carbono, econômico e institucional, identificando indicadores de desenvolvimento sustentável do Baixo São Francisco. Segundo Maricelia, o objetivo é que os próprios alunos sejam os autores da mudança.

“Dividimos a capacitação em duas turmas, pois a proposta é que cada grupo tenha no máximo 24 alunos. Depois que todos participarem dessa primeira parte do treinamento, reuniremos todos os participantes, com integrantes dos 12 municípios, para eles elaborarem o Plano Estratégico que será desenvolvido na região. Meu papel é coordenar e facilitar o processo, mais são os alunos que definirão o que deve ser feito nas suas cidades. Eles serão os responsáveis por disseminarem nas suas comunidades o que for definido durante a capacitação”, explica Maricelia.

Mudanças

Para Lourivan Loz Albuquerque, integrante do Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável do município de Japoatã, o desenvolvimento da região parte da mudança de comportamento das próprias comunidades, não vem de fora. “Nós vamos disseminar com a população dos nossos municípios esse conceito, para que consigamos desenvolver sustentavelmente o Baixo São Francisco”, diz Lourivan.

Já Lenilton Nicácio, da Associação de Pescadores de Ilha das Flores, acha importante que as pessoas comecem a enxergar a vida com outros olhos. “O que realmente importa é mudarmos nosso olhar sobre nós mesmos, quem somos e o que podemos fazer para melhorar nossa região”, destaca Lenilton.

O grupo também contou com o apoio do professor e consultor do Sebrae, Antonio Neto, que participou da capacitação. “Estou nesse treinamento como aluno, aprendendo com Maricelia o conceito da metodologia Carbono Social. A proposta é assessorar as comunidades na continuidade das ações previstas pelo projeto Pacto de Cooperação”, orienta Antonio Neto.

Pacto de Cooperação

O projeto Pacto de Cooperação para o Desenvolvimento do Baixo São Francisco Sergipano é uma ação do Governo do Estado, em parceria com a Secretaria de Planejamento, Sebrae e 12 prefeituras ligadas a Associação dos Municípios do Baixo e do Vale do São Francisco Sergipano. A proposta é estabelecer um novo estágio de evolução dos capitais humano e social, baseado no aumento do nível de empreendedorismo, influenciando no processo de desenvolvimento dos municípios pelos caminhos do planejamento, inovação e gestão compartilhada, com foco nos potenciais econômicos e culturais locais e regionais.

Fonte: Sebrae