“Queremos o direito de ser processados dignamente”. Com este discurso, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Antônio Morais, manifestou o repúdio da categoria quanto ao entendimento da Procuradoria Geral do Estado (PGE) em demitir e cortar os salários de quinze agentes da polícia civil. A manifestação que aconteceu em frente à Secretaria de Segurança Pública (SSP) e reuniu também agentes de outras categorias, que se somaram aos policiais. 
Policiais Civis fazem manifestação em frente à SSP (Fotos: Potral Infonet)
O problema começou em 2001, quando alguns candidatos não tiveram êxito na prova física do concurso para a instituição, mas passaram na prova teórica e assumiram os cargos através de recurso. Agora, mesmo com os pareceres favoráveis, a PGE recorreu da decisão no Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde foi dada decisão favorável ao Estado. A Procuradoria pediu o desligamento dos policiais e o corte de salários, mesmo antes de a sentença ser definida.
Segundo os representantes da categoria, o processo ainda não foi julgado, e por isso os policiais não podiam ter seus salários cortados. “Não concordamos com essa suspensão. O processo ainda está sendo julgado”, disse Antonio Morais. 
Presidente do Sinpol, Antônio Morais, fala em nome da categoria
A agente da polícia civil Milena Torres espera que a PGE reconsidere a decisão e siga os trâmites legais. “Esta decisão foi inconstitucional e não tem respaldo nenhum. Fomos exonerados sem aviso prévio, mesmo assim vamos continuar trabalhando”, disse.
Morais falou ainda que existe alguém por trás do processo na PGE, mas ele não revelou o nome pois disse que essa pessoa “não merece o crédito da sociedade, pois ela está agindo de má fé”. “A prova de que o processo existe é que ontem [21 março] a PGE protocolou uma impugnação aos nossos embargos. Se o processo acabou, o que é que está sendo impugnado?”, indagou o presidente do Sinpol, relatando que esta pessoa tem agido de forma vil, afirmando mentiras para o governador do Estado, Marcelo Déda.
Ainda de acordo com o presidente do sindicato, caso o impasse não seja resolvido em breve, outras manifestações serão realizadas pela categoria.
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