Com menos de um ano Casa do Menor necessita de apoio

Audiência desta quarta-feira (Fotos: Portal Infonet)

Idealizada pelo padre italiano Renato Chiera há 25 anos a Casa do Menor São Miguel Arcanjo atua no Brasil acolhendo crianças, adolescentes e jovens em situação de risco pessoal, dando ênfase ao trabalho com as famílias. Há pouco menos de um ano funcionando em Aracaju, a instituição tem encontrado dificuldades para atender os jovens que chegam com problemas ao abrigo por determinação da justiça.

Na manhã desta quarta-feira, 23, uma audiência foi realizada no Ministério Público Estadual com o objetivo de regularizar alguns problemas de estrutura na Casa do Menor. Segundo a promotora do Núcleo da Infância e Adolescência Miriam Tereza o objetivo também é de sensibilizar as instituições já que o abrigo é de grande importância na área de recuperação de drogados.

“Aqui em Aracaju o público é mais jovem entre 12 e 18 anos, mas eles estendem em outros Estados o atendimento até os 21 anos. A nossa preocupação é que eles estão efetivando este trabalho, mas não estão recebendo subvenções do estado e nem do município ainda por conta da necessidade de eles terem aqui em Aracaju menos de um ano de serviço”, conta.

A promotora de justiça Miriam Tereza

Atualmente a Casa do Menor possui seis menores internados por determinação judicial, porém o local está sendo sustentado por doações. “Já houve doações da Mesa Brasil e até os promotores se juntam para auxiliar. A própria Casa do Menor da Baixada Fluminense que é a sede tem enviado alguns recursos”, diz a promotora.

O local aguarda agora completar um ano para poder receber recursos públicos. Na próxima semana será realizada uma reunião com o fundo municipal quando será solicitado aos conselheiros da criança e adolescente que dêem um apoio maior a casa. Já existe inclusive um terreno no Pai André em Nossa Senhora do Socorro para a construção de uma sede definitiva.

“Esses meninos precisam de atenção, mas de uma forma paciente porque não é fácil retirar uma criança e adolescente que estão em situação de droga. É a pedagogia da presença, pedagogia do amor, eles têm a responsabilidade diária com esses adolescentes por isso uma estrutura digna é necessária”, finaliza Miriam Tereza.