
O condutor de ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), identificado como o responsável por registrar e compartilhar imagens da médica Daniele Barreto, encontrada morta dentro do Presídio Feminino de Nossa Senhora do Socorro, foi afastado de suas funções por 30 dias. A decisão foi publicada na edição do Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira, 18.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o servidor confessou, em depoimento à polícia, que fez os registros da médica já sem vida e repassou as imagens a pessoas próximas, o que resultou na ampla disseminação do conteúdo nas redes sociais. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), com apoio da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol).
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que abriu processo administrativo disciplinar para apurar a conduta do servidor. Em nota, a pasta repudiou “qualquer conduta incompatível com a ética e o respeito ao serviço público”.
O Samu 192, por sua vez, declarou estar colaborando com as investigações e que uma apuração interna foi aberta logo após a identificação do vazamento.
O servidor poderá responder criminalmente pelo crime de vilipêndio a cadáver, previsto no Código Penal Brasileiro. A Polícia Civil continua investigando o caso.
por João Paulo Schneider