Arremate fraudulento termina em prisões

Os presos foram encaminhados a PF (Fotos: Portal Infonet)

Um esquema fraudulento e milionário que envolvia empresários e leiloeiros em Sergipe foi desarticulado nesta terça-feira, 4, após investigação da Polícia Federal (PF). A operação foi iniciada ainda na madrugada e os presos foram surpreendidos por agentes da PF ainda enquanto dormiam. Policiais que participaram da operação não divulgaram os bairros, mas a informação é que alguns moravam no bairro Jardins, área nobre da capital.

Durante toda manhã, a sede da PF teve uma grande movimentação de familiares e advogados dos presos, que a todo o momento tentavam impedir o trabalho da imprensa para que os suspeitos não tivessem o rosto divulgado.

Apesar da PF informar que os nomes dos presos não seriam divulgados, o Procurador da República em Sergipe, Paulo Guedes, que esteve na sede do órgão confirmou os nomes que já eram de conhecimento da imprensa : José Paixão de Jesus Filho, Denis Nunes de Castro, Eduardo Henrique Ferreira dos Santos, Herick Anisio de Paiva Malta, Paulo Afonso Costa Viana, Cláudio Luiz da Silva, Geraldo Soares Dias, Edrovaldo de Carvalho Santos, Laércio Melo Sales, Jorge Dantas do Espírito Santo e Ângelo Ernestro Ehl Barbosa. Além das prisões temporárias de Geovani Souza Simões, Álvaro José Nunes de Castro, Thiago Prado de Castro Lima, Carlos Augusto Santos Fiel e Ezequiel Oliveira Santos.

Na saída os presos foram colocados em uma van e não mostraram o rosto 

O procurador ressaltou que a investigação é sigilosa, mas destacou que é papel constitucional da imprensa exercer o direito a informação. Paulo Guedes frisou que o Ministério Público Federal solicitou a investigação a Polícia Federal e que nem todos os presos tinham envolvimento direto com a quadrilha. “A quadrilha talvez não envolva todas essas pessoas, algumas tinham relação com a quadrilha porque utilizavam o serviço”, diz.

Esquema

Paulo Guedes exemplificou como o esquema funcionava e afirmou que a quadrilha responderá pelos crimes de fraude a leilões judiciais, formação de quadrilha, constrangimento ilegal e corrupção. “Um bem que foi avaliado em um valor mínimo de R$5 milhões, a quadrilha oferecia R$1 milhão para que o licitante não entrasse no leilão. Tudo isso para não elevar o preço do bem e para que pudesse arrecadar pelos R$5 milhões que era o menor valor”, confirmou.

Todos foram encaminhados ao IML e seguiram para o presídio estadual 

Segundo o procurador o prejuízo atingia a vários órgãos e empresas. ”Prejudica as empresas porque muitas vezes não consegue pagar os seus débitos porque seus bens são arrecadados por um valor irrisório”, fala.

A equipe do Portal Infonet apurou que os empresários presos são proprietários de pousada, imobiliária e revenda de veículos.

Por volta de meio dia os presos foram encaminhados para o Instituto Médicos Legal (IMl) para a realização de exames de corpo de delito. A informação é que os presos serão encaminhados ao Complexo Penitenciário Advogado Antônio Jacinto Filho (Compajaf).

Por Kátia Susanna

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