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Bombeiros apagam fogo (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet) |
O grupo de famílias que invadiu as instalações do Movimento Trabalhista Pela Juventude no bairro Santa Maria voltou a realizar mais uma manifestação na manhã desta quarta-feira, 11, obstruindo o acesso de algumas ruas naquele bairro. Os manifestantes espalharam pedaços de madeira e galhos de árvore na pista e atearam fogo, como forma de chamar a atenção da Prefeitura de Aracaju.
O Corpo de Bombeiros foi ao local e apagou o fogo. Os manifestantes ameaçaram fomentar o protesto, queimando os novos colchões que receberam como doação do poder público, mas desistiram compreendendo que seriam obrigados a dormir no chão.
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Colchões que seriam queimadas |
A dona de casa Lindinalva Santos Soares assumiu a liderança do protesto, informando que as 35 famílias que estão alojadas no galpão do Movimento Trabalhista Pela Juventude foram esquecidas pela Prefeitura de Aracaju. O grupo invadiu o galpão no último dia 2, depois de quebrar o cadeado do portão central que trancava o imóvel.
“Nós invadimos aqui porque nossos barracos foram colocados no chão e a prefeitura só fez o cadastro das pessoas que tinham barracos que ainda estavam de pé”, denuncia Edileide Porfírio Batista, que se declara moradora da Prainha e vítima das últimas enchentes. “Não tinha para onde ir”, justifica.
Eles reconhecem que receberam colchões, cobertores e alguns benefícios, mas denunciam que a PMA não encontrou solução para o problema da moradia. De
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Galpão invadido pelas famílias |
acordo com Maria Eugênia dos Santos, há crianças doentes, gestantes temendo contágio e um total descaso da PMA. Ela diz que foi obrigada a ficar separada do marido, Luís Teodoso, 66, devido ao estado de saúde dele. “Ele foi amparado por amigos e está lá em cima numa casa porque está muito doente, com problema de próstata”, revela.
Auxílio Moradia
A Prefeitura de Aracaju não reconhece aquelas famílias como legítimos moradores da invasão da Prainha. De acordo com a Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), são 83 famílias e todas já foram cadastradas e foram amparadas com o auxílio moradoria, com quantias que variam em limite de R$ 300.
Procurado pelo Portal Infonet, o secretário de Assistência Social e Cidadania, Bosco Rollemberg, participava de um evento, mas autorizou sua assessoria informar à equipe de reportagem que a Prefeitura adotará medidas para avaliar a situação de cada uma das famílias alojadas naquele galpão para ver a possibilidade de estender o auxílio moradia para aquelas famílias do galpão.
Por Cássia Santana
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