Polícia descarta homofobia e diz que professor de Lagarto foi vítima de latrocónio

Celso Milton foi encontrado morto no dia 12 deste mês (Foto: Portal Lagartense)

As investigações do crime contra o professor Celso Milton de Oliveira apontaram para um latrocínio e não para um crime de homofobia, de acordo com a coordenadora de Polícia Civil do Interior, Viviane Pessoa. “Todas as linhas de investigação foram consideradas, mas nós descartamos essa possibilidade [de crime homofóbico]”, destacou. Ela deu detalhes da prisão dos três envolvidos no caso na tarde desta segunda-feira, 30, quando também foram apresentados alguns objetos roubados da casa da vítima pelo trio.

Dois adolescentes de 16 anos e o jovem Lázaro Aquino dos Santos, 18 anos, foram apontados como responsáveis pelo crime. Um deles confessou ter matado o professor sozinho; os outros dois envolvidos, de acordo com a delegada, tiveram participação no roubo de quatro telefones celulares, uma mochila, uma bermuda e um som automotivo. A polícia ainda busca apreender um notebook e um home theater, que também teriam sido levados pelos suspeitos. Com eles também foi encontrada uma pequena quantidade de maconha.

Lázaro Aquino é o único maior envolvido no crime. Ele ajudou no roubo dos objetos (Foto: Divulgação)

Viviane Pessoa explicou que a captura dos envolvidos começou na quinta-feira, 26, e terminou no sábado, 28. Nenhum deles resistiu à prisão. “O crime foi premeditado. Eles já conheciam a movimentação na casa do professor, cujo acesso era fácil, pois a vítima era bem conhecida na cidade, tinha muitos amigos. O adolescente já foi para a casa com a intenção de roubar”, explicou a delegada.

Participação

Em depoimento, o rapaz de 16 anos disse que entrou sozinho na residência do professor, que reagiu ao roubo, e aí houve uma luta corporal entre os dois. Depois de ter esfaqueado a vítima, os outros dois suspeitos entraram na casa para ajudá-lo a levar os objetos. “O adolescente chegou a sofrer lesões durante a briga. Os outros dois, além de ajudar a levar os objetos tentaram apagar algumas pistas”, relatou Viviane Pessoa. Os três já têm passagem pela polícia.

Polícia ainda busca outros objetos levados pelo trio

Ela explicou que as investigações começaram ainda no início do crime e, além da Copci houve uma parceira com a Delegacia Regional de Lagarto e com o serviço de Inteligência da Polícia Civil. “Ainda não encerramos a investigação, mas nós queríamos dar essa resposta ao povo de Lagarto. O resultado é comemorado pela polícia. Esta é a prova de que há um trabalho efetivo no interior”, declarou a delegada.

O crime

O professor Celso Milton de Oliveira foi encontrado morto pela empregada da casa onde ele vivia em Lagarto na manhã do dia 12 deste mês. Ele estava caído no chão do quarto, onde havia muito sangue, e uma toalha que provavelmente havia sido utilizada para limpar o local do crime. A mulher desconfiou que algo estava estranho porque ao chegar na residência a porta estava apenas encostada e já na entrada da sala havia vestígios de sangue.

Viviane Pessoa disse que o crime foi qualificado como latrocínio

O enterro de Celso foi marcado por grande comoção e revolta naquela cidade, pois ele era muito querido pelos estudantes. O prefeito de Lagarto chegou a decretar luto oficial e o governador Marcelo Déda cancelou a rodada de inaugurações de obras prevista para a semana em que o crime ocorreu.

Por Diógenes de Souza

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