Visitas nos presídios continuam suspensas

Nova asembleia dos servidores só deve ocorrer no dia 28 (Foto: Arquivo Infonet)

Com quatro dias completados, a Operação Padrão dos agentes prisionais continua em quatro presídios do Estado. Nos presídios de Tobias Barreto, Nossa Senhora da Glória, Areia Branca e no Complexo Prisional Carvalho Neto (Compecan), em São Cristóvão, as visitas aos presos estão suspensas. Os agentes alegam falta de condições, destacando a superlotação dessas unidades e a ausência de locais específicos para visitas íntimas.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindipen), Iran Alves, casos de estupros a mulheres de presos são constantes.

“Existem diversos casos em que a mulher ao visitar seu companheiro, seu marido e sai do presídio chorando porque foi estuprada por outros internos. Ontem houve uma tentativa de fuga em Tobias Barreto e um agente ficou lesionado. Nas três últimas semanas houve tentativas de fuga em Tobias, Glória e Areia Branca”, revela.

De acordo com Iran Alves, uma assembleia dos servidores está marcada para o dia 28, mas caso haja alguma negociação com o governo, ela pode ser antecipada. “O sistema prisional vive o caos, por isso nós pedimos três aspectos básicos para exercer um bom trabalho. Um é o cumprimento da Lei prisional através de condições melhores tanto para o preso como para o agente prisional. O segundo é a isonomia salarial, o ganho igual para todos os servidores do sistema e o terceiro é o concurso, já que temos defasagem no número de agentes”, declara.

O presidente do sindicato dos agentes dá exemplos de como o trabalho dos agentes é insalubre. “No pavilhão um do Compecan temos 400 internos para três servidores. A Lei diz que para cada 5 internos é necessário um servidor. Hoje temos 200 internos para um servidor, isso é desumano. O Compecan foi projetado para 800 internos, hoje tem quase 2.000”, diz.

Segundo os agentes, as visitas estão sendo feitas apenas nas unidades em que o estado ofereça condições como no Cadeião de Socorro e no presídio feminino, além do Complexo Jacinto Freire (Copajaf).

De acordo com o diretor do Desipe, Manuel Lúcio, no domingo houve visita normal em todos os presídios. "Houve um princípio de motim no sábado, 11, em Areia Branca por conta da ação do sindicato. Teria visita, mas não houve visita. Nos preocupa principalmente nos finais de semana. Amanhã, para se ter uma ideia, não iremos realizar 16 audiências de um total de 55", destaca.

Por Bruno Antunes

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