Taxistas fazem ato de protesto

Protesto bloqueou a saída de ônibus do terminal Leonel Brizola. (Fotos: Portal Infonet)

Nesta segunda-feira, 27, taxistas de Aracaju realizaram ato de protesto em frente ao Terminal de integração Leonel Brizola, anexo ao terminal rodoviário José Rollemberg Leite. A categoria luta por soluções dos problemas relacionados com a atuação de motoristas clandestinos, que segundo os taxistas, promovem violência e trazem prejuízos.

Taxistas presentes na manifestação se queixam que os clandestinos atrapalham o trabalho dos motoristas regulares. “Muitas pessoas pegavam taxi, mas hoje preferem os clandestinos. Eles têm até clientes fixos e só trabalham nos horários de pico”, argumenta Josalito Teixeira. “Eles circulam em vários lugares, não é só aqui na rodoviária. É por isso que nossa luta é contra esses clandestinos”, afirma o taxista.

Além de causar prejuízo financeiro, os motoristas clandestinos promovem atos de intimidação que já incomodam os taxistas há certo tempo. “Já tem dois anos que somos ameaçados no nosso próprio local de trabalho", continua Josalito Teixeira. Também taxista, Antonio Marcos dos Santos foi agredido dentro do banheiro da rodoviária. Segundo ele, o ato de violência foi praticado por um clandestino que havia sido alvo de denúncia. “Aconteceu dia 27 de maio. Eu tinha prestado queixa contra ele, porque ele é clandestino e logo fui ameaçado. Alguns dias depois a polícia entregou a queixa a ele e então eu fui torturado aqui no banheiro da rodoviária” conta indignado.

Adriano Oliveira diz que o protesto irá continuar

Para Adriano Oliveira, que faz parte da organização do movimento, esse ato já era planejado e se a categoria não for ouvida mais manifestações serão realizadas em protestos de maior magnitude. “Se os nossos problemas não forem resolvidos, nós vamos mobilizar os mais de 2 mil taxistas de Aracaju e fecharemos as principais vias da cidade. Vamos trancar as ruas de Aracaju”, confirma Adriano.

População desaprova

Apesar de contar com o apoio de muitos integrantes da categoria, o protesto não foi aprovado pelos usuários do transporte público que estavam no terminal de integração Leonel Brizola. Jailson Teixeira reclama do direcionamento do ato “se for para fazer manifestação que chame atenção das autoridades, os taxistas têm que ir para as portas das pessoas certas e não impedir os trabalhadores de se locomover”.

Algumas pessoas reagiram ao protesto

No local do protesto, houve confusão e agressões físicas entre taxistas e usuários do terminal. Algumas pessoas ameaçaram quebrar os carros que bloqueavam a saída dos ônibus. A polícia que estava presente no protesto agiu para conter as agressões e o capitão J. Luiz, da SMTT informou que as autoridades não foram informadas do protesto. “Apesar de não termos sido informados, nosso papel é sempre o de negociar. Conseguimos um diálogo com o movimento e o problema já foi solucionado”, informou o capitão.

O protesto acabou às nove da manhã. O corpo de bombeiros foi acionado para remover os pneus queimados que bloqueavam o acesso ao terminal.