Petroleiros fazem paralisação em Sergipe

Petroleiros reivindicam melhores condições de trabalho (Fotos: Arquivo Infonet)

Os funcionários da Petrobras realizam nessa quinta-feira, 7, paralisação nacional em protesto às decisões da empresa petrolífera. Entre as reivindicações estão a recusa em aceitar o repasse de 14% do valor dos lucros destinado aos acionistas para os trabalhadores e melhoria das condições de trabalho.

O diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Petróleo no Estado de Sergipe (Sindipetro-SE), Alealdo Hilário dos Santos, afirma que o movimento busca visibilidade do conselho de acionistas da empresa para a pauta de reivindicações da classe.

“Nossas condições de trabalho são péssimas. Por isso a FNP [Federação Nacional dos Petroleiros] resolveu pela paralisação. Buscamos apoio na luta por garantia de vida no local de trabalho, contra as demissões de funcionários que a empresa está promovendo e as constantes suspensões de lideranças sindicais. Só aqui em Sergipe, foram suspensos dois diretores do Sindipetro na semana passada”, desabafa Alealdo dos Santos.

O diretor ressalta o alto índice de acidentes de trabalho. “Trabalhamos na maior empresa de petróleo da América Latina, mas só na bacia de Campos, tivemos 700 acidentes ano passado”.

Alealdo dos Santos, diretor do Sindipetro, fala sobre o aumento da participação nos lucros da empresa para funcionários

Para o Sindipetro a empresa não está cumprindo o determinado em lei, no que diz respeito ao repasse dos lucros da companhia. “O correto é que nós trabalhadores, deveríamos receber 25% do valor total pago aos acionistas pelos lucros da companhia, mas estamos recebendo apenas 14%. O que queremos é ser respeitados, ao invés de fazer manifestações. Trabalhamos pelo crescimento da empresa”, finaliza Alealdo dos Santos.

Greve

A paralisação é o primeiro ato organizado pela categoria no dia de hoje. Após assembléia, os petroleiros definirão se haverá greve nacional e qual a duração do protesto.

A equipe do Portal infonet procurou a assessoria de comunicação da Petrobras, mas não obteve êxito. Está aberto o espaço para a empresa se pronunciar.