Médica pagará por injúrias

Audiência foi realizada na 3ª Vara Cível (Fotos: Portal Infonet)

O caso em que a médica Ana Flávia Pinto Silva acusada de injúria racial contra o funcionário da empresa aérea Gol, Diego José Gonzaga dos Santos parece ter tido o capítulo final, pelo menos na área criminal. Em audiência realizada na 3ª Vara Criminal do Fórum Gumersindo Bessa na manhã desta segunda-feira, 11, o Ministério Público solicitou uma pena que foi aceita pela Justiça. Durante dois anos, Ana Flávia não poderá sair de casa após às 22h, além de ter que comparecer ao Fórum uma vez por mês para se apresentar ao juiz e não poderá se ausentar do Estado por mais de 30 dias. A médica também pagará R$ 10 mil a Diego. O processo na área cível ainda terá decisão em 2ª instância.

Ana Flávia não compareceu a audiência, mas esteve presente no Fórum em alguma sala não identificada. A todo o momento o seu advogado, Emanuel Cacho saia da sala da audiência para conversar com sua cliente sobre o acordo com a Justiça.

Para Diego a Justiça foi feita

De acordo com o promotor João Rodrigues Neto, o crime imputado à médica está no rol daqueles em que a Lei permite o benefício da suspensão condicional do processo. Ou seja, que admite penas mais brandas condicionadas ao cumprimento do acordo.

“Ela apresenta condições subjetivas favoráveis e o Ministério Público nesse contexto diante da gravidade da injúria resolveu propor esse benefício condicionado a uma reparação de bens proporcional ao grau de gravidade relativos às ofensas feitas pela acusada”, conta.

O advogado do funcionário da gol, Diogo Calazans, disse que não foi necessário ouvir as testemunhas, já que não caberia contestação em relação ao pedido do Ministério Público.

“O promotor de Justiça pediu a suspensão condicional do processo durante dois anos com a obrigação de que a Ana Flávia não possa sair após as 22h de casa e deve comparecer mensalmente ao fórum para realizar as suas obrigações. Além disso, ela não pode se ausentar do Estado por mais de 30 dias. E para o Diego ela deverá pagar uma indenização, independente do processo cível de R$ 10 mil”, destaca.

O advogado de defesa da médica Ana Flávia, Emanuel Cacho

Segundo o advogado da médica, Emanuel Cacho, com o acordo, fez-se justiça. “É uma decisão que partiu do Ministério Público e, portanto fez-se justiça, a vítima será indenizada e é claro que a acusada vai cumprir a sentença e com certeza a Justiça foi feita”, afirma.

Para o funcionário da Gol, Diego José Gonzaga, a decisão trouxe um alívio e sensação de que a Justiça foi feita. “Ela vai pagar de qualquer maneira pelo que ocorreu, caso ela pagasse por uma cesta básica também seria uma punição. A proposta foi feita pelo Ministério Público e não caberia aceitar ou não. É uma forma de dar o exemplo até para a sociedade, eu não vou esquecer isso”, conta Diego se referindo às injúrias que sofreu.

Por Bruno Antunes

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