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Centenas de pessoas acompanharam a cerimônia (Fotos: Portal Infonet) |
Para os amigos, familiares e admiradores de Cleomar Brandi, a chuva que caiu durante o sepultamento dele, no final da tarde desta segunda-feira, 18, cumpre o ditado popular que diz que quando alguém morre e chove, é sinal de que a pessoa está sendo abençoada. Os aplausos no momento em que o caixão descia foram uníssonos, e duraram o necessário para demonstrar o apreço e o agradecimento de cada um ao que o boêmio representou.
Cleomar Brandi foi acompanhado pela mãe, Cleonice Ribeiro Brandi, com quem morava, até os últimos momentos. Os amigos vieram de todas as partes para prestar o último adeus. A cantoria, que deu o clima boêmio ao velório, conforme o jornalista havia pedido, também foi entoada – mas foi interrompida pelas palmas.
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Mãe do jornalista (centro) acompanhou-o até os últimos momentos |
“Cleomar foi um homem que não ofereceu nenhum tipo de pessimismo ao mundo. Sempre trabalhou de forma solidária. Foi um mestre do jornal sergipano, fazendo da sua vida a melhor reportagem”, declarou emocionado o governador Marcelo Déda. Além dele, diversos políticos, autoridades e personalidades sergipanas estiveram presentes na cerimônia.
No velório, o irmão de Brandi e também jornalista Chico Ribeiro Neto, havia declarado que todos os que conviveram com ele receberam uma importante lição de vida. "Uma amiga certa vez nos disse que ele ganhou da vida de goleada; outra, que é médica e vive em Salvador, disse que depois de conhecê-lo toda e qualquer dificuldade poderia ser resolvida”, lembra.
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Marcelo Déda emocionou-se ao falar de Cleomar Brandi |
Para o amigo Gilson Sousa, as lembranças serão muitas, mas o maior legado de Cleomar Brandi serão os ensinamentos. “Ele deixou um legado fantástico e a mensagem de lutar sempre, de ser honesto consigo mesmo, ser companheiro e ter a certeza de que você fez a coisa certa, quando você fez a coisa certa. Ele tinha como missão ensinar”, relata.
Cleomar Brandi morreu às 16h de domingo, 17, no Hospital Primavera, onde estava internado desde junho. Nascido no dia 18 de janeiro de 1946, na cidade de Ipiaú, Bahia, era filho de Waldemar Brandi (já falecido) e Cleonice Ribeiro Brandi, com quem morava.
A atuação no jornalismo começou no Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (Irdeb), quando foi aprovado em um concurso público, em primeiro lugar. Cleomar mudou-se para Aracaju para compor a equipe que colocaria no ar a única emissora de televisão pública do Estado, a TV Aperipê, onde ainda atuava.
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Cleomar Brandi foi sepultado sob palmas e, logo depois, chuva |
Brandi também trabalhou na TV Sergipe, na TV Jornal, na Delmar FM, no Jornal de Sergipe, na TV Caju e, também atualmente, no Jornal da Cidade. Ele foi correspondente da revista Veja durante dois anos e atuou na diretoria de Comunicação do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE).
Em 2009 ele lançou ‘Os segredos da Loba’, uma coletânea de textos escritos durante os 32 anos de jornalismo. Cleomar é único e além de deixar uma crônica de despedida (leia), também deixou a festa paga no 'Bar do Camilo'.
Por Diógenes de Souza
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