Vítimas de agressão prestam depoimento a delegado

As vítimas estiveram na 1ª DM para prestar depoimento (Fotos: Portal Infonet)

As irmãs que foram vítimas de agressão na saída de um bar em Aracaju estiveram na manhã dessa quinta-feira, 12, na 1ª Delegacia Metropolitana para prestar depoimento no inquérito que apura o caso de violência. Carla Christine Fonseca e Sheila Souza narraram à polícia como ocorreram as agressões sofridas em via pública. A polícia espera ouvir às 16h desta quinta os dois homens apontados como sendo os autores do fato.

De acordo com o advogado das vítimas, Roque Corrado, os homens foram identificados como Eduardo Tadeus Gatis Amoedo e Farlei Lenin Amoedo. O advogado acrescentou que existe a suspeita de que os dois homens estejam fora do Estado.

O advogado das irmãs explica ainda que por não haver relação de proximidade entre as vítimas e os agressores o caso não foi encaminhado para o DAGV, já que configura violência comum. Roque Corrado afirma que as vítimas irão processar a dupla de agressores na vara cível a fim de indenizações morais e pelos danos físicos causados. No entanto, o que mais preocupa o advogado das vítimas é a denúncia de favorecimento dos agressores. “Uma fonte nossa na polícia nos contou que eles são muito influentes e que por isso a conclusão do inquérito pode ser prejudicada”, acusa Roque Corrado.

O advogado Roque Corrado teme favorecimento dos suspeitos

As alegações do advogado, todas baseadas nessa suposta fonte da polícia, indicam ainda que um dos suspeitos já influenciou outro caso em que esteve envolvido fora do estado. “Ele estava com um mandado de prisão expedido em outra unidade federativa e esse mandado foi revogado dia 13 de dezembro”, acusa o advogado.

As duas irmãs disseram ainda estar muito abaladas e tristes com a situação e não quiseram prestar declarações acerca do caso antes de entrarem para o depoimento ao delegado João Martins, responsável pelo caso.

Os dois suspeitos devem ser ouvidos ainda na tarde de hoje, mas a presença deles na delegacia ainda não foi confirmada. A defesa das irmãs agredidas já confirmou que caso eles não compareçam para depoimentos na fase de inquérito, as providências judiciais necessárias para a punição da dupla serão tomadas.

Por Caio Guimarães e Kátia Susanna