Pedreiro é julgado por morte em quarto de um hotel

Carlos Alberto (de roupa laranja) confessou o crime quando foi preso (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

O pedreiro Carlos Alberto Batista começou a ser julgado nesta quinta-feira, 17, no Fórum Gumersindo Bessa. Ele é acusado pelo assassinato da ex-companheira Rejane Barros, 37, crime ocorrido em um quarto do Grande Hotel, no centro de Aracaju, no dia 17 de agosto de 2011. O corpo da mulher só foi encontrado dois dias depois, em 19 de agosto, por uma camareira do empreendimento hoteleiro.

Antes do início do julgamento, familiares se concentraram na sala do tribunal do júri e realizaram uma manifestação silenciosa, pedindo justiça. “Minha irmã foi induzida a ir àquele hotel, tenho certeza. Ela era uma pessoa pacata”, comenta Vera Lúcia Barros. “O fato dela ter sido encontrada no hotel surpreendeu toda família”, diz.

O pedreiro, que confessou o crime ao ser preso no dia 22 de agosto daquele ano, foi denunciado por homicídio duplamente qualificado: motivo fútil e impossibilidade de defesa. Prevalecendo esta tese, o réu poderá ser condenado com pena de prisão de até 30 anos.

Vera Lúcia: certeza que a irmã foi induzida a ir a hotel

Mas a defesa, articulada pela defensora pública Emília Correia tenta desqualificar, conduzindo o julgamento para homicídio simples, que poderá abrandar a pena, entendendo que o pedreiro teria agido sob forte emoção. Para casos desta natureza, a pena máxima é de 20 anos de prisão. Mas a tese poderá ser modificada, conforme explica a defensora, no decorrer do julgamento. Depende, segundo Emília Correia, dos depoimentos.

Nome falso

A família contesta a tese da defesa e não tem dúvida que o crime foi premeditado. “A defesa diz que ele matou por amor, mas não foi. Foi por ambição. Ele queria o carro e a casa dela. Foi tudo premeditado”, analisa Vera Lúcia. “Se não fosse premeditado ele não daria nome falso quando reservou o quarto do hotel”, comenta.

O quarto do hotel foi reservado no dia 17 pelo próprio pedreiro, que à época usou um nome falso. Na recepção do hotel,

Emília Correia: ação sob forte emoção

ele se identificou como Antonio Carlos dos Santos. A gerência do hotel não sabe informar o horário nem em que circunstância a vítima chegou ao hotel.

A família diz que a comerciante Rejane Barros teria marcado encontro com o pedreiro para receber cerca de R$ 15 mil referente à venda de um imóvel que pertenceu ao casal. Eles tiveram um relacionamento amoroso que durou seis anos e, na época do assassinato, havia três meses de separação.

O julgamento prossegue no Fórum Gumersindo Bessa, sem previsão de encerramento.

Por Cássia Santana

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