Mesa discute combate à violência contra travestis

Mesa redonda discutiu combate à violência contra travestis (Fotos: Verlane Estácio/ Infonet)

Marcelo Lima da Adhons

Géssica Taylor da da Associação de Travestis Unidas na Luta pela Cidadania

Em comemoração ao Dia Nacional da Visibilidade Trans, celebrado nacionalmente no dia 29 de janeiro, travestis de Aracaju se reuniram na praça General Valadão para uma mesa redonda, onde o objetivo foi debater a respeito da violência contra os transsexuais. A criação de um grupo de trabalho para combater este tipo de crime e de um Conselho LGBTS (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Transexuais) também estiveram em pauta.

Dados da Associação de Defesa Homossexual de Sergipe (Adhons) apontam que dos oito homossexuais assassinados em 2012, três eram travestis. Foi com base nestes dados, que a associação resolveu transformar a data comemorativa em um dia de reivindicações.

“Infelizmente o país continua liderando o ranking de assassinatos contra homossexuais. Então, o dia da visibilidade deve ser pauta em reivindicações, pois temos que conscientizar e promover políticas públicas em defesa dos homossexuais. Com a criação do GT e do Conselho, pretendemos facilitar as discussões sobre a violência homofóbica e transfóbica”, revela o presidente d Adhons, Marcelo Lima.

O presidente destaca ainda que o poder público deve ser um grande parceiro neste tipo de iniciativa. “Estamos entregando aos órgãos estatísticas sobre o assunto aqui em Sergipe. Não dá para combater a violência sem auxílio do poder público, até porque a segurança é dever do estado, independente de sua orientação sexual, cor, raça e condição financeira. O preconceito deve ser combatido, e isso deve começar desde cedo, lá na educação de base”, destaca.

Para Géssica Taylor da Associação de Travestis Unidas na Luta pela Cidadania, o evento é, sobretudo, necessário para conscientização da sociedade. “A gente não quer que os casos de 2012 se repitam. Temos que lutar para que amanhã ou depois a sociedade não venha apontar ou discriminar os travestis. Somos pessoas vulneráveis, principalmente quem trabalha a noite como é o caso das profissionais do sexo”, comenta.

Sedhuc

A Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e da Cidadania (Sedhuc), que recebeu da Adhons a solicitação de criação do Conselho LGBTS, também esteve presente no evento. “Para a criação desse conselho, temos toda uma relação de estrutura a se pensar. A criação do GT, que efetivamente vai trabalhar intersetorialmente,é o primeiro passo dessa caminhada. À medida que as possibilidades nos derem condições, nós vamos criar o conselho”, revela Fernando, representante da Sedhuc.

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