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Família de Daniel Manuleke alegou "violência sexual" para obter coquetel (Foto: Divulgação Rede Social) |
O coquetel ministrado à garota de 12 anos supostamente estuprada pelo estudante Daniel Manuleke foi obtido sob alegação de “violência sexual”. A confirmação é do coordenador do Programa DST/Aids, Almir Santana. A solicitação do medicamento foi feita pelo pai do acusado [Davi Souza] que é médico. Questionado pelo Portal Infonet, Almir Santana informou que a medicação pode ser liberada diretamente por um médico infectologista apenas em casos de abuso, sem necessidade de cadastro prévio.
Almir Santana explica que o procedimento comum para obtenção de remédio é feito por um cadastro. “O paciente deve fazer um cadastro em ambulatório, e passa por diversos exames realizados por um infectologista. Depois que é provado que o paciente tem condições de utilizar a medicação, é que o coquetel é indicado”, diz. “Em casos de violência sexual, no entanto, qualquer pessoa pode fazer a solicitação ao infectologista. O medicamento é então liberado sem necessidade de triagem prévia”, completa.
Ainda segundo Almir Santana, o pai do acusado “agiu corretamente” ao solicitar o medicamento a um especialista em infectologia. “Em casos de violência sexual é preciso ser rápido para que não haja contaminação, uma vez que o coquetel age controlando e diminuindo a quantidade de vírus no corpo”, relata Almir. O coordenador do programa DST/Aids preferiu não divulgar a identidade do infectologista que liberou a medicação para a jovem.
O primeiro exame da adolescente supostamente estuprada foi negativo para AIDS. A mesma aguarda 90 dias para refazer o exame, período indicado pelos médicos para confirmar se houve ou não transmissão da doença.
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Almir Santana: "Em casos de violência sexual, medicamento pode ser liberado diretamente" (Foto: Arquivo Portal Infonet) |
Em entrevista concedida ao Portal Infonet no último dia 6, o advogado Máximo Selen, representante da vítima, afirma que o advogado do acusado não confirma a versão de estupro. “Uma hora eles dizem que não houve relação sexual, outra hora é que foi uma relação consensual e ainda extorsão”, diz. A equipe do Portal Infonet tentou entrar em contato com o advogado de Daniel Manuleke, Max de Carvalho, mas não obteve sucesso. Continuamos a disposição através dos contatos jornalismo@infonet.com.br e (79) 2106 8000.
Por Nayara Arêdes e Raquel Almeida
* A matéria foi alterada para a troca do nome do médico. O pai do acusado é Davi Souza e não Deivis Farias como foi divulgado inicialmente.
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