Transtorno: IML se recusa a remover corpo em Dores

Carro de funerária, com o corpo, permanece na porta do IML (Fotos: Portal Infonet)

O comerciante Geilton Santos Amaral, 37, morreu em circunstâncias misteriosas e a família suspeita de envenenamento, mas o mistério permanece porque o Instituto Médico Legal (IML) se recusou a fazer a remoção do corpo para a realização da autópsia. O comerciante José Erinaldo Amaral, irmão da vítima, quer que a causa da morte, declarada como indeterminada pela Clínica da Família de Nossa Senhora das Dores, seja esclarecida através de exame necrológico.

No entanto, a equipe do Instituto Médico Legal foi acionada, se dirigiu ao município de Nossa Senhora das Dores, onde a ocorrência foi registrada na noite do domingo, 9, mas se recusou a fazer a remoção do corpo sob alegação de que não havia característica de morte violenta. Durante a madrugada desta segunda-feira, 10, familiares contrataram uma funerária e trouxeram o corpo para Aracaju, onde permanece dentro do veículo na porta do IML aguardando decisão da direção do Instituto Médico Legal.

Para Neném, como é conhecido o irmão da vítima, Geilton morreu subitamente, sem explicações. “Não pode ser infarto porque ele era sadio, não fumava e nem bebia e quando morreu, ele estava espumando e vi um pó branco escorrendo pelo braço dele”, comentou, em conversa com os jornalistas. “Só pode ter sido envenenamento”, diz.

Neném exibe BOs prestados por suspeita de envenenamento

Geilton estava separado da esposa há cerca de três meses, mas o casal estava tentando uma reconciliação e ele continuava morando na mesma residência, com os três filhos e a mulher. No domingo, ele saiu para comprar pão e, quando retornou de moto, começou a passar mal, por volta das 19h30. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada e o encaminhou para a Clínica da Família, onde a vítima já chegou morta.

A família registrou o episódio em dois boletins de ocorrência. Um prestado na Delegacia de Polícia de Nossa Senhora das Dores e o outro na Delegacia Plantonista, em Aracaju. Mesmo assim, os funcionários do IML resistiram a aceitar o corpo e permanece aguardando a chegada do diretor para dar um encaminhamento para a questão. A família permanece no IML.

IML

A assessoria de comunicação do Instituto Médico Legal (IML) entrou em contato com o Portal Infonet às 11h25 e informou que a necrópsia já está sendo realizada. Segundo o assessor Théo Moreno, a família suspeitava de envenenamento, mas o médico do hospital de Nossa Senhora das Dores afirmou aos funcionários do IML que a causa era indeterminada. “O corpo não foi removido, pois o IML não pode recolher corpo de morte natural”, explica.

Ainda segundo o assessor de comunicação,  a família trouxe o corpo no carro de uma funerária com um documento expedido pelo delegado da cidade, mas os funcionários do IML não estavam autorizados a receber o corpo. Théo Moreno ressaltou que apenas o diretor Raimundo Melo é autorizado a decidir se necrópsia pode ser realizada. Após analisar o documento do delegado e ouvir os relatos da família o diretor do IML decidiu que a necrópsia seria realizada.

* Matéria foi alterada às 11h28 para acréscimo de informações da assessoria de comuniação do IML

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