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Circulação de estudantes é constante na rua (Fotos: Portal Infonet)
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Ladeada por uma faixa de vegetação ciliar, a rua Professor Franco Freire, localizada no conjunto Sol Nascente, é ponto de encontro para usuários de drogas. Quem denuncia são os próprios moradores, que afirmam ser testemunhas do constante movimento na mata. Segundo a população, a situação é de conhecimento da Polícia, que não tem oferecido a devida assistência.
“A toda hora do dia e da noite entra gente aí no mato. A gente fica com medo, ainda mais por que tem criança aqui circulando o tempo todo. Eles vêm de moto, de carro, a pé, de bicicleta… De todo jeito. A polícia passa aqui de vez em quando, mas não resolve nada”, relata o senhor José Brito, residente no bairro há mais de 20 anos.
Roque Ribeiro do Nascimento trabalha na região há oito anos, e afirma que o consumo de drogas na área é visível a todos que passam pela rua. “Eles usam de tudo aqui, e nem se importam em esconder de ninguém. A mata é um ponto de encontro deles. Não tem horário certo para acontecer, mas de noite é pior. Eu mesmo não fico aqui depois das 18h”, diz.
A rua abriga dois colégios estaduais e um colégio particular, e mantém um fluxo permanente de crianças e adolescentes. Para Roque, a influência aos estudantes é um dos maiores riscos no local. “Criança pequena fica vendo o movimento aqui o tempo todo. A gente nunca sabe quando uma dessas pessoas pode abordar uma criança e fazer algo de ruim, ou mesmo oferecer droga. O PAC [Posto de Atendimento ao Cidadão] da polícia fica aqui do lado, mas ninguém faz nada”, expõe, temeroso.
Polícia
A Polícia Militar (PM) afirma que a localização geográfica do PAC não condiciona sua área de assistência. “O fato de estar próximo não quer dizer muita coisa, por que os policiais são responsáveis pelo patrulhamento de toda a região, e não só do entorno”, alega o Major Paiva, assessor de comunicação da PM.
O assessor faz um apelo à população no incentivo ao trabalho da polícia. “Se existe um local de consumo na região, é por que certamente um ponto de tráfico está situado nas proximidades. Precisamos do apoio dos moradores no sentido de realizar denúncias através do 181 para que a polícia receba informações privilegiadas e desarticule o foco. Abordar o usuário não é eficiente. Apenas debelando a causa, que é o ponto de venda, o problema pode ser resolvido”, diz.
Paiva ainda convoca os moradores para registrar boletins de ocorrência (BOs). “Registrar o BO faz com que o delito entre para as estatísticas, e influencia no momento do planejar o policiamento”, reforça.
Por Nayara Arêdes e Verlane Estácio
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