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Assaltos constantes deixa população do Augusto Franco apreensiva (Fotos: Portal Infonet)
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As constantes ondas de assaltos têm deixado os moradores do conjunto Augusto Franco, na zona Sul de Aracaju, bastante apreensivos. Na manhã desta segunda-feira, 10, mais uma mulher foi vítima da ação ousada de bandidos. Ela teve o seu aparelho celular roubado no momento em que seguia para o trabalho.
O assalto ocorreu às 5h30 em uma via do conjunto. A vítima que não quis se identificar contou ao Portal Infonet que a ação foi bastante rápida. “Estava caminhando quando um homem em uma moto me abordou e simulou estar armado. Acabei entregando o celular. Está demais a violência. Faz medo caminhar pelas ruas a qualquer hora do dia. Fui roubada às 5h30”, relata a balconista.
Na localidade não é difícil encontrar pessoas que já foram assaltadas em plena luz do dia. É o caso do autônomo, Jamisson Alves, 32 anos. “Já fui roubado duas vezes aqui no conjunto. Eu hoje ando nas ruas com medo. Evito até andar com objetos de valor. A polícia aqui aparece muito pouco”, relata.
A violência também tem afetado o comércio local. Com medo, os comerciantes já não sabem em quem confiar. “O Augusto Franco está uma coisa terrível. A gente trabalha com medo. Saímos diariamente de casa com o propósito de crescimento, porém os vândalos estão nos aterrorizando cada vez mais”, conta a empresária Ana Lúcia, 37 anos.
Há um ano, o irmão de Ana Lúcia foi assassinado durante um assalto ocorrido no seu estabelecimento comercial. Ainda abalada, ela relembra com tristeza da tragédia. “Foi horrível. Três homens chegaram de carro e pediram um cigarro. Quando meu irmão deu o cigarro eles já deram uma gravata nele que acabou reagindo e levou um tiro. Eles fugiram e meu irmão ao se levantar foi atingido por mais três disparos”.
A também comerciante de iniciais M. T é outra vítima que trabalha com medo. Ela teve a sua panificação assaltada por vinte vezes. Somente no ano passado, foram oito roubos. “É difícil você trabalhar, acordar todo dia cedo e não vê o interesse da polícia em ajudar a vítima. Trabalhamos com medo”.
M.T. conta que em boa parte dos casos, os assaltantes agem à noite e sempre conduzindo uma moto. “Boa parte dos assaltos ocorrem durante a noite. Quando dá 18h, 19h, eu já fico nervosa, e quando uma moto se aproxima então, minhas pernas ficam bambas. A gente quer mais policiamento aqui, porque a situação está impossível”, desabafa.
PM/SE
Segundo o gestor da 2ª Companhia de Policiamento do 1º BPM, Jailson Santos, diariamente duas viaturas atendem o conjunto. "Em alguns casos não se tem como prever os assaltos. Porém, pretendemos criar uma rede de proteção na localidade, e por meio de reunião com a população, poderemos orientá-los na tentativa de inibir a ação dos bandidos”, relata.
Por Leonardo Dias e Verlane Estácio