Réus negam participação em atentado e alegam tortura

Julgamento acontece no Gumercindo Bessa (Fotos: Portal Infonet)

Prossegue nesta quinta-feira, 10, no Fórum Gumercindo Bessa, o julgamento do atentado ao desembargador Luiz Mendonça ocorrido em agosto de 2010. Estão sendo julgados Alessandro de Souza Cavalcante (Billy) e o ex-policial Clodoaldo Rodrigues Bezerra.

Durante toda a manhã, o delegado Gilberto Guimarães foi ouvido pela juíza Olga Silva Barreto, o promotor Rogério Ferreira da Silva e o advogado dos réus Fernando Muniz.

Segundo o promotor Rogério Ferreira da Silva, durante a fase de inquérito policial, os acusados confessaram a participação no atentado, mas agora na fase judicial, negam a participação.

“Eles passam a negar completamente o envolvimento deles e apenas justificam que foram colocados no processo por força de um depoimento coletado a base de tortura. Todavia, o Ministério Público não faz amputação em relação aos acusados tão somente tomando por bases suas declarações. Temos várias provas que serão apresentadas. A polícia logrou êxito em localizar ambos os proprietários dos veículos roubados, os réus foram reconhecidos pelas vítimas, objetos que foram subtraídos dentro dos veículos foram encontrados em poder dos acusados. Há reconhecimento pessoal de um dos acusados por dois vigilantes na região onde alugaram a casa, então não estamos tão somente nos limitando a fazer uma imputação com base em declarações”.

O promotor Rogério Ferreira conversou com a imprensa

O advogado dos réus, Luiz Fernando Muniz, garante que seus clientes foram torturados para confessar a autoria do crime. “Só existe um ponto de vista de defesa desde o inicio que é a negativa de autoria. Agora existe o que, interesse do estado de montar um cenário para que possa acusar Alexandro e Clodoado de ter participado do atentado porque é de interesse que tenham a responsabilidade atribuída a eles”, diz.

Testemunha dispensada

Uma das testemunhas de defesa arrolada no processo pelo advogado dos réus, identificado como Antônio Ivandro seria ouvido ainda hoje, mas foi dispensado pela juíza, uma vez que houve a quebra da incomunicabilidade [ao se comunicar com o advogado].

Nesta tarde, serão divulgados o áudio de duas testemunhas de acusação também arroladas no processo e há previsão de que os réus também possam ser ouvidos.

Por Aisla Vasconcelos

Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Acesse o link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acesso a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B

Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais