Moradores fecham rodovia João Bebe Água em São Cristovão

Carros invadem ciclovia e andam na contramão (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

Moradores dos núcleos habitacionais localizados em território de São Cristovão fecharam a rodovia João Bebe Água, na altura do campus da Universidade Federal de Sergipe (UFS), gerando grandes transtornos para trabalhadores e estudantes. A manifestação foi iniciada por volta das 6h da manhã desta sexta-feira, 13, a partir de barreiras com queimada de vários objetos colocados sobre a pista em protesto à grande incidência de acidentes de trânsito registrada na extensão daquela rodovia.

Os moradores defendem a instalação de redutores de velocidade e sinalização ao longo da rodovia. O trânsito ficou lento e um dos trechos, sentido Aracaju/São Cristovão, foi interditado obrigando motorista a pegar contramão em um dos trechos no sentido contrário. Mesmo com os riscos da combustão, motoristas furaram o bloqueio e invadiram a calçada para fazer o deslocamento. Mas quem necessitou dos transportes coletivos ficou prejudicado. “Esta manifestação está prejudicando ainda mais a população. Eles têm que reivindicar é transporte que não tem”, reagiu o vigilante José Possidônio de Azevedo Filho.

Faixa indica motivo da manifestação

O vigilante, assim como vários outros trabalhadores, foi obrigado a abandonar o transporte coletivo no meio do trajeto e concluir o percurso a pé, até a residência. Outros que saíam dos núcleos habitacionais instalados em território de São Cristovão e seguiam para o trabalho em Aracaju também foram obrigados a fazer baldeação para não perder o horário. “Aqui tinha a linha Osvaldo Aranha/Centro que passava pelo Tijuquinha, mas agora esta linha não vem mais para este lado porque os ônibus voltam da Rodoviária Nova”, enalteceu Possidônio.

Luta antiga

As lideranças comunitárias revelam que são antigas as reivindicações dos moradores. Mas a manifestação desta sexta-feira está restrita ao pleito pela instalação de redutores de velocidade e criação de espaço para acostamento ao longo da rodovia, mas o presidente do Conselho da Associação de Moradores da Grande Rosa Elze, José Crispim Filho, garante que outros manifestos ocorrerão na região na luta pela redução dos índices de reajuste do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e por melhorias na pavimentação.

Trabalhadores e estudantes obrigados à baldeação

O presidente da Associação dos Moradores Madre Paulina, César Lima Santos, informou que as lideranças comunitárias já se manifestaram em abaixo-assinado encaminhado ao Departamento de Estrada de Rodagem (DER) desde o ano passado, solicitando a implantação de quebra-molas. “Mas até agora, eles só construíram um. Para melhorar, é necessário pelo menos oito”, observa. “As portas estão fechadas pra gente”.

O Portal Infonet tentou ouvir o DER, mas não obteve êxito. A assessoria da presidência informou que técnicos entrariam em contato posteriormente com a equipe de reportagem para dar um posicionamento, mas até o momento não houve manifestação. O Portal Infonet permanece à disposição. Informações devem ser encaminhadas por e-mail jornalismo@infonet.com.br ou por telefone (79) 2106 – 8000.

Por Cássia Santana

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