Mulheres exibem armas em rede social (Foto: Arquivo/Aracaju Agora Notícias) |
Uma mulher e o sobrinho [considerado como filho de criação] foram presos em flagrante por tráfico de drogas e posse de munição de calibre 38 e de pistola ponto 40, de uso permitido e de uso restrito das forças policiais. As prisões ocorreram em Nossa Senhora das Dores, onde os acusados residem. O nome dos acusados está mantido em sigilo para não atrapalhar as investigações, segundo o delegado Lênio Carvalho, do município de Nossa Senhora das Dores.
As investigações foram iniciadas na semana passada depois que fotos de duas mulheres [uma de 44 anos e outra com pouco mais de 50 anos] portando armas foram disseminadas nas redes sociais. As duas mulheres foram identificadas e o delegado solicitou determinação judicial para localizar o armamento, ação que foi desencadeada a partir de mandado de busca e apreensão expedido pelo juízo da Comarca de Nossa Senhora das Dores.
Durante cumprimento dos mandados judiciais, os agentes encontraram várias munições de calibre 38 e de pistola ponto 40 [esta última arma de uso restrito das forças policiais], 19 quilos de cocaína, algumas trouxinhas de maconha e também cerca de R$ 11 mil em espécie. Este material, segundo o delegado, estava armazenado na residência de uma das mulheres, a de 44 anos, que aparece nas fotografias portando arma de fogo.
Liberada
Na residência da outra mulher, de pouco mais de 50 anos de idade, que também aparece exibindo arma de fogo, nada foi encontrado. Ela foi encaminhada à Delegacia, prestou depoimento e foi liberada. A outra mulher e o sobrinho [tido como filho de criação da acusada] permanecem presos aguardando decisão judicial. Em consequência da natureza do crime imputado aos acusados, o delegado não arbitrou fiança.
As investigações prosseguem. De acordo com informações do delegado, o dinheiro encontrado na residência não tem associação com o tráfico de drogas. Teria origem no comércio de gado realizado pelo esposo da acusada presa. “Fazendeiros vieram aqui na Delegacia e comprovaram que compraram gado ao marido da acusada, que não tem nenhum vínculo com o tráfico”, ressaltou.
Conforme as primeiras investigações, o filho de criação da acusada seria o cabeça nas transações ilegais, que envolve o comércio de drogas na região. “Não há provas que ela participe do comércio, mas quem permite a casa para armazenar a droga incorre nas mesmas penas”, explica o delegado.
As armas exibidas pelas duas mulheres nas redes sociais não foram encontradas. Para justificar a posse das armas nas fotografias, as duas mulheres teriam inventado uma “história fantasiosa”, segundo o delegado. Elas revelaram que as armas pertenciam a um homem desconhecido que chegou à residência da mulher que está presa para comprar gado e quando elas viram as armas tomaram a iniciativa de posar com o armamento. A polícia continua investigando o caso com o intuito de localizar as armas, mas ainda não definiu se a outra mulher será indiciada ou não no inquérito policial.
Por Cássia Santana
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