Famílias invadem terreno no Parque dos Faróis

Terreno foi ocupado há uma semana (Fotos: Portal Infonet)

A Prefeitura de Nossa Senhora do Socorro ainda está investigando a quem pertence um terreno, localizado na Rua C, no conjunto Parque dos Faróis, ocupado por cerca de 60 famílias há uma semana. Os ocupantes alegam que não tem onde morar e que a área é abandonada.

O secretário de comunicação de Socorro, Henrique Matos, explicou que um senhor se apresentou à prefeitura como proprietário do terreno, mas sem a documentação necessária. “Ele disse que era o dono, mas não apresentou a documentação solicitada pela prefeitura. Por isso, ainda estamos avaliando a propriedade desse terreno”, explica.

Magneide e sua família não tem para onde ir

Ainda de acordo com Henrique Matos, se o terreno for de propriedade particular, a prefeitura não poderá intervir. “Em locais públicos, a prefeitura faz um cadastro social, avalia se a família passa dificuldade e depois faz um novo cadastro no aluguel social. Mas no caso de um terreno particular e se os ocupantes não foram da cidade, a prefeitura encontra um meio para o deslocamento dessas pessoas até o seu local de origem”, esclarece.

Ocupação

A dona de casa Magneide dos Santos, que atualmente está desempregada e montou um barraco na área, conta que o terreno era cenário de lixo. “Esse era um terreno baldio, cheio de fossa e lixo. As pessoas começaram a limpar e invadir, e nós viemos também. Eu morava de aluguel, fiquei desempregada e fui morar com minha mãe, mas lá não dá para ficar com minha filha, minha neta e meu genro”, revela.

A moradora Maria Lúcia diz que concorda com a ocupação do terreno

Segundo Magneide, as famílias tem esperança de ver o problema da moradia solucionado. “Estamos correndo atrás  para ver se conseguem algo, que alguém nos dê uma esperança sobre nossa moradia ou até mesmo consiga outro local para a gente”, comenta Magneide.

A aposentada Maria Lúcia Santos, moradora de uma casa vizinha ao terreno, aprova a ocupação. “Acho que tem que ocupar mesmo. Esse terreno era cheio de lixo e fossa, tinha sapo, cobra e até jacaré”, conta.

Por Verlane Estácio