Famílias são despejadas de vila no Santa Maria

Ação judicial  (Fotos: Portal Infonet)

Oficiais de justiça e Policiais Militares estiveram cumprindo um mandado de reintegração de posse na manhã desta quinta-feira, dia 26, em uma vila de casas situada no bairro Santa Maria.

O imóvel foi ocupado há cerca de dois anos por oito famílias da invasão do Novo Amanhecer e Arrozal, vindos do Santa Maria. A reintegração foi feita de forma pacífica e as famílias não exitaram em deixar o local.

Segundo a moradora Maria José Conceição, as famílias lamentam o despejo. “Não temos para onde ir. A gente não quer ficar com a casa dele porque aqui não é nosso, mas queremos que ele tenha compaixão de nos deixar aqui até que a gente receba o auxílio moradia. Aqui era abandonado e servia de esconderijo para marginais e nós limpamos e cuidamos”, conta.

Maria José Conceição diz que não tem para onde ir 

O advogado do proprietário do imóvel, identificado como Roque Corrado Júnior esteve acompanhando a reintegração e destacou que o imóvel é de seu cliente há mais de 10 anos. “Esse terreno é de um cliente meu mais de 10 anos. Há uns dois anos concluímos a ação de uso capião e quando foi em setembro do ano passado, ele estava viajando e recebeu uma ligação do vizinho dizendo que tinham invadido o terreno dele. Ele veio, se apresentou como proprietário e deu um prazo de 30 dias, mas eles não saíram. Entrei com uma medida judicial cabível com pedido de liminar e com uns três dias estávamos com a ordem na mão. Viemos aqui em início de outubro do ano passado, conversamos e eles disseram que em uma semana sairiam, mas não saíram", esclarece

O proprietário do imóvel ainda disponibilizou um caminhão para que as famílias possam alocar os pertences.

Auxílio moradia

Famílias tiveram que deixar o local 

O advogado Roque Corrado esteve acompanhando a reintegração 

Durante a reintegração, o defensor público Alfredo Nicolau esteve no imóvel e informou que as famílias foram agraciadas com o auxílio moradia. “No dia 24 de março, o juiz da 12ª Vara Civil determinou que o município identifique, cadastre as famílias e conceda o auxílio  para eles serem incluídos em futuros projetos habitacionais. Na hipótese de ocorrer a reinteração de posse como está ocorrendo hoje, a obrigação do município é prestar total assistência a essas famílias porque há uma determinação do juiz e vemos uma total omissão, além de desrespeitar uma decisão do poder judiciário”, afirma.

Semfas

Até a publicação da matéria, a equipe do Portal Infonet não conseguiu manter contato com a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal da Família e da Assistência Social (SEMFAS), que posteriormente, encaminhou nota ao Portal.

"A Secretaria Municipal da Família e da Assistência Social (Semfas) informa que, até o momento, não recebeu notificação judicial para conceder o benefício eventual, auxílio moradia, às famílias citadas na matéria. Além disso, a Semfas também não foi notificada para comparecer à reintegração de posse ocorrida nesta quinta, 26".

*A matéria foi alterada às 14h46 para acréscimo de nota da Semfas

Por Aisla Vasconcelos

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