Professor Adalgício teria morrido por hemorragia

Professor Adalgício moreu aos 41 anos em um quarto de pousada (Foto: Divulgação Facebook)

Após mais de dois meses de investigações, o inquérito policial que apura a morte do professor Adalgício Barbosa Mendonça, 41, em uma pousada localizada na Av. São Paulo em Aracaju, concluiu que a causa da morte não foi homicídio e sim uma hemorragia pulmonar. O jovem que estava com o professor no momento da morte no último dia 12 de janeiro será indiciado e responder em liberdade por furto e danos. A delegada do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rosana Freitas detalhou na manhã desta quinta-feira, 26, a finalização dos trabalhos, apesar de ainda não ter o resultado do exame toxológico que será feito na Bahia para saber a causa do processo hemorrágico.

“Pelo que os laudos periciais apresentaram não se tratou de um homicídio. A causa de morte apresentada foi uma hemorragia pulmonar ainda de etiologia desconhecida, porque nós temos uma deficiência no estado quanto ao exame toxológico para definir qual a substância que provocou. O médico legista disse que essa hemorragia pulmonar é em regra decorrente de uma intoxicação que pode advir de uso de um medicamento, estimulante, droga. Não se tratou de uma morte violenta, a vítima não apresentou lesões nem sinais de sufocamento, asfixia que pudesse configurar um homicídio”, explica.

Delegada Rosana Freitas (Foto: Portal Infonet)

A delegada informou que o rapaz que estava com Adalgício Barbosa foi identificado e confessou.

“A pessoa foi devidamente identificada, vai responder pelos crimes de furto [celular e pertences] e dano [por ter derrubado o portão da pousada]. Ele já foi ouvido na investigação, confessou que de fato estava na pousada com o professor, apresentou uma versão condizente com os resultados dos laudos periciais, ou seja, que durante as práticas sexuais, o professor apresentou insuficiência respiratória, estava sentindo falta de ar, os lábios esbranquiçados e isso acabou gerando a morte dele. Nós vamos preservar nome para preservar a intimidade e em respeito aos familiares do professor que era um homem público, querido por todos”, relata.

Digitais

Rosana Freitas destacou que o jovem ao ser interrogado informou que teve o cuidado de não pegar o professor com as mãos, para não deixar as digitais. “A pessoa ao ser inquirida disse que teve o cuidado de não pegar o professor com as mãos, por isso não foram encontradas as digitais na pousada, mas a perícia da Força Nacional  que nos auxiliou bastante a gente, encontrou fragmento digital no veículo da vítima, que tinha sete pontos de coincidência com a impressão digital do suspeito. Pra ser definitiva precisamos de 12 pontos de coincidência, mas é um indicativo, dentro do contexto probatório, considerável”, explica acrescentando que o jovem e o professor não se conheciam há muito tempo, tendo sido um encontro ocasional.

Fuga

A delegada explicou que a pessoa foi identificada com auxílio das imagens divulgadas na imprensa, quando outro rapaz que comprou o celular do professor, tentava vender. “Eu agradeço à imprensa por ter divulgado o vídeo, que foi o passo decisivo para que a gente conseguisse chegar à pessoa que estava na pousada. Ele disse que tanto o encontro com o professor, quanto a venda do celular se deu por questões econômicas e que fugiu por ter ficado assustado, abandonando o carro em seguida e queimando as roupas da vítima para não deixar pistas.  Ele tem entre 20 e 25 anos, existe um registro de passagem pela polícia, de menor idade e por isso a gente não divulga”, conta.

Sobre a possibilidade de envenenamento, a delegada explicou que segundo o médico legista em casos de envenenamento ficam vestígios na cavidade estomacal da vítima, essa cavidade foi avaliada pelos médicos e apenas vestígios alimentares foram encontrados. O inquérito está sendo finalizado e apesar de não termos ainda o resultado de qual a substância que teria provocado a hemorragia, isso não vai alterar o resultado do relatório que iremos entregar à Justiça até a próxima terça-feira”, conclui.

Por Aldaci de Souza

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