Moradores da Zona de Expansão denunciam descaso

Registro na porta da casa de Heber Medeiros: situação caótica (Foto enviada por Heber)

Os moradores da Zona de Expansão estão preocupados com os efeitos da paralisação das obras do Canal Beira Mar, especialmente neste final de semana em decorrências das chuvas previstas. Neste sábado, 11, os moradores amanheceram com as ruas e condomínios completamente alagados e tomados por lamaçal. Nesta tarde, os transtornos foram amenizados porque as chuvas cessaram, mas o lamaçal e a preocupação permanecem, especialmente em virtude das previsões climáticas que não descartam forte chuvas e ventos até o domingo, 12.

O engenheiro agrícola Heber dos Santos Medeiros revelou que os problemas são ocasionados por falta de rede de drenagem que se agravaram com a paralisação das obras daquele canal. “Há recursos disponíveis, mas o que parece é que não há vontade política da prefeitura de Aracaju em concluir”, disse. “A prefeitura sabe dos problemas, mas só faz dizer que há questões de desapropriação de área e não toma providência concreta”, diz o engenheiro, que fez fotografias das áreas alagadas.

Alagamento preocupa moradores (Foto enviada pela Combaze)

A presidente do Conselho das Associações de Moradores do Bairro Aeroporto e da Zona de Expansão de Aracaju (Combaze), Karina Drummond, revelou que os problemas relacionados à drenagem da região já estão em debate na justiça federal e estranha a omissão da Prefeitura de Aracaju. “Nem as ações paliativas que deveriam ser realizadas de forma permanente estão sendo feitas na região”, denuncia.

A presidente revela que os moradores da região estão apreensivos e temem maiores transtornos que poderão ocorrer com a permanência das chuvas. Ela informou que solicitou providências aos assessores da prefeitura, mas até o momento não recebeu respostas para os transtornos que os moradores estão enfrentando desde a madrugada. Além de obras inacabadas, os moradores dos condomínios da Zona de Expansão reclamam da falta de pavimentação e revelam que estão morando em zona tomada por lamaçal.

A assessoria de imprensa da Empresa Municipal de Obras e Urbanismo (Emurb) reconhece que a obra está parada e revela que há escassez de recursos. Segundo a assessoria, a obra foi iniciada sem a previsão de desapropriação de um terreno por onde deve passar o canal e, por este motivo, a obra teve que ser interrompida. A desapropriação custa em tonro de R$ 11 milhões, enquanto os recusos liberados para toda a obra é de R$ 13 milhões, conforme explicações da assessoria. Segundo a assessoria, a prefeitura já está finalizando os entendimentos para desapropriar o terreno e também adotando outras medidas para realizar licitação para conclusão de obras de um outro canal, o Santa Maria, que solucionará os problemas de represa de águas nos bairros 17 de Março, Santa Maria e também na Zona de Expansão.

Por Cássia Santana

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