Agentes da PC prometem aquartelamento a partir de sábado

Sinpol só se manifesta depois da assembleia (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Os agentes e delegados da polícia civil já iniciaram uma reação ao parcelamento dos salários dos servidores públicos anunciado pelo governador Jackson Barreto (PMDB). Na Delegacia Plantonista, por exemplo, o atendimento à comunidade está restrito aos casos de flagrante, sem confecção de boletim de ocorrência que envolva outras circunstâncias.

Na Plantonista, as equipes não se pronunciam publicamente temendo represálias da Secretaria de Estado da Segurança Pública, mas confirmam esta versão de uma espécie de operação tartaruga. Na página oficial do Sindicato dos Policiais Civis de Sergipe (Sinpol) no Facebook, os filiados se manifestam com críticas e convocam a categoria para a assembleia geral a ser realizada na tarde desta quinta-feira, 30, na sede da Acadepol.

Na pauta, está o debate pela paralisação das atividades a partir do sábado, 1º, depois de receber o pagamento da primeira parcela do salário, e retorno apenas no dia 11, após quitação da segunda parcela. A proposta é defendida pelo grupo de oposição à diretoria do sindicato liderada pelo escrivão Antonio Moraes, ex-presidente do Sinpol. Seria um aquartelamento durante os dias de paralisação. Os servidores compareceriam ao posto de trabalho, mas permaneceriam de braços cruzados, conforme explicações de Antonio Moraes.

A assessoria de imprensa do Sinpol informou que a diretoria só se manifestará depois da assembleia geral marcada para às 17h desta quinta na sede da Acadepol, em Aracaju. A Secretaria de Estado da Segurança Pública também opta pelo silêncio. A assessoria de imprensa da SSP informou que a Delegacia Geral de Polícia não recebeu comunicado oficial sobre a mobilização dos servidores e revelou que a SSP só se pronunciará depois de receber a informação oficial sobre as manifestações.

Por Cássia Santana