Usuários sem segurança em terminais de integração

Posto da GMA: estrutura deteriorada (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

Seis homens com pesados armamentos tiveram acesso fácil ao Terminal de Integração Maracaju, na capital sergipana, para atacar passageiros, motorista e cobrador de um coletivo, que explora a linha Marcos Freire II/DIA. Este crime foi registrado por volta das 22h30 e o assalto foi anunciado quando o veículo alcançou a avenida general Euclides Figueiredo, na capital sergipana.

Os homens levaram a renda da empresa, avaliada em R$ 161, e também pertences de passageiros. Após o crime, os assaltantes desceram do veículo e fugiram, sem demonstrar preocupação com as câmeras de segurança instaladas no veículo. Este assalto não está incluído nas estatísticas do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Aracaju (Sintra), que contabiliza 918 assaltos a ônibus neste ano, até a segunda-feira, 19. Só neste mês, até esta mesma data, conforme o Sintra, já somam 42 ocorrências, com duas mortes.

David: segurança horrível 

As estatísticas são assustadoras. Usuários e profissionais que operam o sistema de transporte público da região metropolitana se queixam da violência e responsabilizam diretamente o poder público por não proporcionar segurança nos terminais de integração. No primeiro momento, a prefeitura de Aracaju instalou pontos da Guarda Municipal nos terminais de integração, mas todos estão desativados. Os funcionários das empresas que operam o sistema primam pelo anonimato, mas revelam que é visível o trânsito de pessoas suspeitas armadas nos terminais de integração. “Aqui, nem em nenhum outro terminal, existe segurança”, relata um rodoviário, que prefere o anonimato. “A gente vê muitos suspeitos transitando armados, recebe denúncia, mas não temos segurança. Se o posto da guarda funcionasse, o atendimento teria mais eficácia”, enaltece o rodoviário.

O comerciante José Carlos da Conceição, que trabalha nas imediações do terminal de integração Fernando Sávio, no centro da cidade, revelou que constante observa a presença de suspeitos com arma e até com ataques aos usuários que aguardam os coletivos nos próximos terminais. “Principalmente com faca. Eles tomam celular e quando a polícia vai chegar não tem mais ninguém aqui”, revela. “Segurança nos terminais? É horrível, principalmente na Zona Oeste”, observa o contador David Rodrigues. “Já vi muita coisa, mas eles [a polícia] passam rapidamente e nunca param”, comenta.

Alternativas

Marginais armados têm fácil acesso nos terminais

O Sintra está preocupado com a onda de violência e ataques contra a frota e os usuários do sistema de transporte coletivo da região metropolitana e aponta como solução um pacto entre o governo do estado, prefeitura de Aracaju e também com a própria classe empresarial para implantar um sistema de monitoramento mais eficaz.

O rodoviário Francisco de Assis, representante do Sintra, coloca como alternativa o monitoramento online, através de GPS, a ser feito pela polícia militar e guarda municipal das câmeras de segurança instaladas nos coletivos. “90% dos carros possuem câmeras. O secretário da segurança precisa abrir o coração, chamar as empresas, a SMTT, dar as mãos com o Setransp e resolver o problema”, diz Assis.

Este debate começa a ser articulado pelo Sintra, que terá ainda nesta terça-feira, 20, uma reunião com o secretário da segurança, Mendonça Prado. O Portal Infonet acompanhará a reunião. O Portal Infonet tentou ouvir a Guarda Municipal, mas não obteve êxito. O Portal permanece à disposição. Informações devem ser enviadas por e-mail jornalismo@infonet.com.br ou por telefone (79) 2106 8000.

Por Cássia Santana

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