Petroleiros realizam manifestação em Aracaju

Servidores se concentram na praça (Fotos: Portal Infonet)

Os petroleiros continuam em greve no Estado de Sergipe, em adesão ao movimento deflagrado nacionalmente. Em Sergipe, estão paralisadas as atividades da sede da Petrobras na rua Acre, em Aracaju, o campo de produção de Carmópolis, a Fábrica de Fertilizantes (Fafen) e o Polo da Atalaia.

A greve foi iniciada no dia 29 de outubro motivada pela campanha salarial e, nesta quinta-feira, 5, os funcionários da estatal realizaram uma manifestação na porta da sede da empresa, onde fixaram cartazes. Os servidores se concentraram na praça em frente à sede da rua Acre e houve início de tensão com a presença de policiais militares. “Mas nós conseguimos negociar e eles se retiraram”, informou o sindicalista Pedro Messias dos Santos, diretor do Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos Estados de Sergipe e Alagoas (Sindipetro).

Usando microfones, alguns grevistas fizeram pronunciamento e reconheceram a tensão, mas tranquilizaram a população informando que os policiais apenas acompanharam a mobilização, sem gerar maiores tumultos. De acordo com informações do Sindipetro, em Sergipe a adesão à greve chega ao patamar de 90%. A categoria está mantendo o efetivo mínimo de 30%, atendendo aspectos da lei de greve para dar continuidade à produção, operação e manutenção.

Pedro: paralisação geral

Em nota enviada à redação na terça-feira, 3, a Petrobras confirmou queda de produção de 178 mil barris de petróleo o que corresponde a cerca de 8,5% da produção diária no Brasil. Informou também que “continua tomando as medidas necessárias para garantir a manutenção de suas atividades, preservando suas instalações e a segurança de seus trabalhadores”.

Nesta quinta-feira, 5, a assessoria de imprensa da Petrobras enviou nova nota sobre a greve, que caracteriza a postura da estatal em nível nacional. Na nota, a Petrobras informa que a greve coordenada pelas entidades sindicais ainda afeta as operações da companhia e repete o teor da nota enviada na terça-feira, 3.

*A matéria foi alterada às 12h40 para inclusão da nova nota enviada pela assessoria da Petrobras

Por Cássia Santana