Clima esquenta na assembleia dos policiais militares

Associação ficou lotada e policiais assistiam atentos às discussões dos sindicalistas (Fotos: Portal Infonet)

O clima esquentou na assembleia de policiais realizada na tarde desta quinta-feira, 5 na Associação de Cabos e Soldados. Representantes de várias associações participaram do encontro. Uns defendem o subsídio já aprovado pelo comando da Polícia Militar de Sergipe e outros, a progressão da carreira. O presidente da Associação dos Militares do Estado de Sergipe (Amese), sargento Jorge Vieira, se retirou da reunião por entender que não estavam chegando a um consenso. Ao final, decidiram pela formação de uma Associação Integrada, visando discutir as propostas da categoria e encaminhar ao Governo do Estado.

“Eu estou adotando um posicionamento diferente e prefiro ficar fora, desejo aos companheiros boa sorte, mas do jeito que tá não tem condições. Nós das Associações Unidas viemos para a assembleia para a construção, você pode defender seu ponto de vista com respeito, mas aqui ninguém está conseguindo se expressar, falar, construir, não tem como avançar dessa forma. Fica difícil você tá num processo onde tenta colocar sua ideia e não tem o direito de falar. O radicalismo está tomando conta do racionalismo”, lamenta.

Sargento Jorge Vieira preferiu se retirar

De acordo com ele, a forma como as discussões estão acontecendo, é difícil crescer. “A tropa está sofrida, existe desconfiança, promessa não cumprida, mas a gente está fazendo um trabalho sério, o comandante está bem intencionado. Eu participei de dois movimentos, em 2009 foi vitorioso, mas 2011 foi complicado, onde muita gente foi prejudicada, eu quase perco meu emprego, tive que dizer que não quero assumir mais nenhum cargo político e não quero mais isso pra mim, tô saindo em paz e desejando boa sorte aos companheiros”, destaca.

“A Unidas defende o subsidio porque não adianta ser promovido de forma automática sem ter o dinheiro no bolso, esperando uma promoção ostentada por oficiais e praças. Hoje somos a 22ª polícia no ranking das mais maus pagas do país. Estamos lutando pelo subsídio e em seguida lutar pelos outros projetos paralelamente. Parece que ostentar uma graduação ou uma estrela parece ser mais importante do que ter dinheiro no bolso”, completa major Adriano Reis, presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar e Bombeiros Militares de Sergipe (Assomise).

Adriano Reis: "Ostentar uma graduação parece melhor do que dinheiro no bolso"

Sargento Cerqueira: "Como buscar a unidade com tantas associações?"

O presidente da União da Categoria Associada (Única), Willianês Santos, defendeu mais uma vez a aprovação do subsídio juntamente com a progressão da carreira justa.

Policiais que assistiam às discussões dos representantes da categoria, criticaram a divisão da categoria. “Infelizmente fica difícil chegar a um consenso justamente por conta de existirem várias associações. Um companheiro ali presidente de uma delas disse ser preciso buscar a unidade. Como buscar a unidade com tantas associações? É isso que os políticos querem, a desunião”, enfatiza o sargento Anderson  Cerqueira de Oliveira.

Por Aldaci de Souza

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