Petroleiros não aceitam reajuste e permanecem em greve

Funcionários fizarem passeata pelas ruas de Aracaju (Fotos: Divulgação)

Trabalhadores da Petrobras seguem em passeata até o Palácio Augusto Franco para exigir que o Governo de Sergipe se manifeste sobre a tentativa do Governo Federal (GF) em privatizar a Petrobras, através das vendas dos ativos e dos cortes de investimentos. Eles não aceitaram a contraproposta de reajuste de 9,53% e permanecem em greve. De acordo com o assessor de comunicação do Sindipetro, Leonardo Maia, as consequências das ações do GF ameaçam o maior patrimônio do país. “A venda dos ativos e a falta de investimentos pretende provocar a  venda da empresa, a exemplo da BR distribuidora, Transpetro, Gasodutos, Fafen, Campos do Nordeste, como os campos terrestres de Carmópolis,  entre outros”, diz ele, acrescenatando que o governador em exercício , irá recebê-los na próxima segunda-feira, 16.

A categoria luta contra o plano de desinvestimentos da estatal, que prevê levantar US$ 57,7 bilhões com venda de ativos entre 2015 e 2019. Leonardo Maia explica que a nível nacional este plano de privatização já demitiu 120 mil petroleiros terceirizados e a perspectiva é que os cortes continuem. “Se o intuito é diminuir 30% dos gastos com as terceirizadas, consequentemente irão resultar em mais demissões. E para manter o serviço e o faturamento será necessário que os empregados façam o serviço daquele que foi demitido. Como é impossível, o faturamento cai e justifica a venda da Petrobras”, explica ele, enfatizando que a Petrobras nas mãos da iniciativa privada é dar a maior parte da riqueza do país aos estrangeiros.

Eles permanecem em greve 

Reajuste

O Sindicato explica que nem todas as reivindicações da categoria foram debatidas e o reajuste proposto não cobre a inflação do país, dando um aumento real de 0%. “O governo nem discutiu o Plano de Privatização da Empresa e a proposta de reajuste de 9,53 % foi rejeitada, assim a greve continua. Amanhã iremos repetir o movimento e decidir os próximos passos da greve”, completa.

Prejuízos

O Sindicato explica que a Petrobras não teve prejuízo e que essas denuncias são especulações. “O que caiu foi o valor atribuído pelos especuladores internacionais do mercado, uma queda de 200%. Mas, o valor patrimonial manteve-se o mesmo entre 2010 e 2014. Mesmo na pior baixa do preço do petróleo dos últimos 10 anos, a Petrobrás lucra perto de 15,8 bilhões por ano. É a única entre as 5 maiores do setor petrolífero no mundo que está aumentando sua produção de petróleo” , diz nota.

Petrobras

A assessoria de comunicação da Petrobras enviou e-mail explicando que a empresa entregou na última quarta-feira, 11, às entidades sindicais sua última proposta para o Acordo Coletivo de Trabalho 2015. A empresa propôs um reajuste de 9,53% nas tabelas salariais e em outras parcelas remuneratórias. A proposta para o ACT 2015 mantém os demais benefícios e vantagens que fazem parte do acordo vigente.

A companhia também se comprometeu a criar um grupo técnico, com representantes da Petrobras e da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e sindicatos, para elaborar um relatório sobre itens constantes na Pauta pelo Brasil da FUP. O grupo deverá elaborar um relatório para análise da direção da empresa.

Essa é a proposta definitiva da companhia e traduz o empenho máximo da empresa para atender às reivindicações dos empregados e seus representantes. A Petrobras, diante dos avanços na proposta, aguarda um posicionamento favorável dos empregados e seus representantes e o encerramento das mobilizações promovidas pelas entidades sindicais.

Confira o vídeo enviado a redação do Portal Infonet

Por Raquel Almeida

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