Vigilante é executado dentro de uma escola em Itaporanga

José Ludujero Neto foi morto dentro da escola onde trabalhava (Arquivo Pessoal)

O vigilante da Escola Rural Aurélio Rios, no Povoado Salvadorzinho, em Itaporanga D’Ajuda, foi morto a tiros de pistola Ponto 40 dentro da unidade de ensino, durante o trabalho. José Ludujero Neto, 49 anos, era funcionário público do município há mais de 12 anos e não tinha passagem pela polícia.

Segundo informações do comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar de Sergipe, coronel Reinaldo Chaves, o crime, que aconteceu por volta das 15 horas desta quinta-feira, 10, foi praticado por dois homens que chegaram ao local em um veículo Gol, de cor verde. “Eles pularam o muro dos fundos da escola e executaram o vigilante”, informa o coronel.

A delegada que está à frente das investigações, Mariana Amorim, que não quis dar entrevista por ainda está colhendo informações sobre o crime, esteve no local do homicídio e diz que não descarta nenhuma linha de investigação. Mas, tudo leva a crer que o vigilante foi executado, já que os dois suspeitos apenas desferiram os disparos e não levaram nada do funcionário público.

“Parece ser execução porque um membro da família [filho] de José Ludujero está envolvido com ato delitivo. Essa é uma das hipóteses da linha de investigação”, informa o assessor de comunicação da Secretaria de Segurança Pública (SSP), Renato Nogueira.

A prefeita de Itaporanga D’Ajuda, Maria das Graças Souza Garcez, que acompanhou familiares da vítima até o Instituto Médico Legal (IML), em Aracaju, lamentou o assassinato do funcionário público municipal. “Ele era um funcionário exemplar, cumpridor de seus deveres, uma pessoa de bem que vai fazer muita falta”, diz ela.

A violência no município de Itaporanga D’Ajuda está cada vez maior, segundo informa o sobrinho da vítima, Alexandre Ludujero Brito, de 32 anos. “Não tenho o que dizer, falta segurança em todo lugar, não é só em Itaporanga, é em todo Estado. Uma pena, porque a sensação é de que isso não vai acabar nunca”, desabafa. “Meu tio nunca usou drogas, era um trabalhador, uma pessoa muito querida, que não tinha rixa com ninguém. Apenas entraram na escola e mataram ele”, acrescenta.

Além do corpo de José Ludujero, mais dois corpos deram entrada no IML até as últimas 24 horas. Um deles é o de uma mulher que provavelmente morreu vítima de afogamento, no município de Muribeca. A informação passada por testemunhas ao IML é que ela sofria de epilepsia, teve uma crise e caiu numa bacia cheia de água. A outra vítima, cujo corpo ainda estava sendo traslado paro o instituto, é proveniente do município de Santa Luzia do Itanhi.