Quinta audiência do caso Crizzan é concluída nesta sexta

Vânia Faustino, tia de Crizzan, alega que a família da vítima está indignada com a libertação de Edinaldo (Fotos: Portal Infonet)

Foi concluída nesta sexta-feira, 18, na 8ª Vara Criminal, no Fórum Gumecindo Bessa, a quinta audiência pela morte do técnico de iluminação Crizzan Cruz Santos, 21 anos, que desapareceu no último mês de fevereiro, cujo corpo foi encontrado enterrado em um canteiro de obras localizado no bairro Suissa, em Aracaju. A audiência contou com a participação do engenheiro responsável técnico pela obra em que Crizzan e outros três trabalhadores suspeitos atuavam.

De acordo com dados do processo, o corpo de Crizzan estava enterrado no canteiro de obras de um posto de saúde localizado na Rua Tenente Wendel Quaranta, onde a vítima estava trabalhando como ajudante de pedreiro. A localização do corpo foi indicada pelos próprios suspeitos, Nailton Vitório Santos e Carlos Ruan Andrade Vieira. Segundo relatório preliminar do Instituto Médico Legal (IML) foram apontadas como prováveis causas da morte do técnico de iluminação insuficiência respiratória e asfixia mecânica por soterramento.

Fábio Trindade é advogado de Edinaldo

O corpo foi encontrado cerca de um mês depois após o desaparecimento e só foi possível em função da prisão de Nailton, que se envolveu em um acidente de trânsito quando usava a bicicleta da vítima. Pelo crime de ter acertado a vítima com pauladas, estão presos Carlos Ruan, Nailton e Edinaldo Andrade. “Até que Carlos Ruan, sobrinho de Edinaldo, apontasse diante da polícia o local onde o corpo foi enterrado, ele e o tio se mostravam solícitos à família. Hoje Edinaldo está solto após pedido de Habeas Corpus e mesmo com a prisão de Nailton e Carlos, nós, familiares de Crizzan, estamos indignados com a situação e aguardamos que a justiça seja feita”, declarou Vânia Faustino, tia da vítima.   

De acordo Fábio José Trindade, advogado de Edinaldo, o processo está sendo minunciosamente apurado. “Edinaldo responde por ocultação de cadáver e pelo crime. Está solto porque no decorrer do inquérito eu consegui demonstrar que os fatos apresentados pela delegada à promotoria teriam dúvidas quanto à autoria, uma vez que Edinaldo foi a pessoa que manteve contato com a família e nunca teve motivos para proceder com o crime, não apresentando problemas com a vítima. Ele, inclusive, identificou a bicicleta usada por um dos réus, o que alavancou as investigações”, declarou o advogado.

Segundo Trindade, após o depoimento do engenheiro responsável técnico pela obra o processo segue para as alegações finais por parte do Ministério Público e depois para as alegações finais por parte da defesa. Depois será concluso para sentença.

Por Nubia Santana

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