SSP: adolescente não participou de assassinato de PM

Momento em que Samu é mobilizada para socorrer sargento no 18 do Forte (Foto: Grupo Sergipe Blitze whatsapp)

O delegado geral Alessandro Vieira, da Polícia Civil, descartou a participação do adolescente Bruno Santana Santos de Jesus, 15, no assassinato do sargento Adalberto Santos Filho, 51, morto durante assalto ocorrido na segunda-feira, 16, no bairro 18 do Forte. O adolescente foi apontado pela Polícia Militar como suspeito de participar do assassinato do PM e morreu no dia 18, dois depois deste crime, baleado durante ação realizada por policiais militares no bairro Cidade Nova, em Aracaju.

“Não há nada neste sentido”, revelou o delegado geral, fazendo referência à suposta participação do adolescente no assassinato do sargento Adalberto Filho, conforme divulgado anteriormente pela Polícia Militar. Um dos suspeitos pelo crime foi preso e identificado como Revisson Santos da Costa, 30. De acordo com o secretário João Batista, da Segurança Pública, este suspeito estava portando a arma que ele teria usado para cometer o crime e também uma outra arma, que teria sido roubada do policial no momento do assalto.

De acordo com o tenente-coronel Vivaldy Cabral, comandante do policiamento militar da capital, o adolescente figurava entre os suspeitos e teria sido reconhecido por uma das testemunhas do crime, que teve como vítima o sargento Adalberto Filho. “Este menor estava entre outras pessoas que podiam ter participação naquele assalto, mas na abordagem nem deixou a polícia conversar. Já veio atirando”, narra o tenente-coronel Vivaldy Carbral. “Uma testemunha do crime [do assalto que culminou com a morte do sargento] reconheceu este menor e assinou um documento”, conta o tenente-coronel.

Mas a família do adolescente não acredita que ele estaria armado quando foi atingido por tiros disparados pelos policiais militares no bairro Cidade Nova. O episódio está sendo tratado como resistência, em investigação que está sendo desencadeada pela equipe do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope) da Secretaria de Estado da Segurança Pública, conforme informações do tenente-coronel Vivaldy Cabral.

Por Cássia Santana